quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Gee, uma nova droga sintética

Droga vem em forma de comprimido e tem um efeito de euforia, como o ecstasy, misturado com um alucinógeno, como o LSD

Veículo: O Globo

Parece que algum químico resolveu inovar. Depois de Alexander Schulgin sintetizar o MDMA em seu laboratório e testar os efeitos em si mesmo, outro especialista apresentou uma nova composição ilícita: o Gee. Conforme noticiado no domingo na coluna "Gente Boa", a nova droga vem tomando conta das festas cariocas. E quem afirma é o delegado Marcos de Castro, coordenador do projeto "Noite Legal" da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro (SSP).
São poucas drogas que se mantêm como a maconha, a cocaína e o LSD. O tempo passa e parece que a substância cai numa mesmice e os usuários têm a necessidade de experimentar coisas novas. O Gee, que é uma droga sintética, vem chegando às pistas brasileiras via "clubs" ingleses.
- Ela já está proibida na mesma categoria que a cocaína - explica Castro.
O delegado conta que, apesar de ainda não ter sido feita nenhuma apreensão no Rio, já se sabe que jovens estão tomando a droga.
- O Gee vem em forma de comprimido e tem um efeito de euforia, como o ecstasy, misturado com um alucinógeno, como o LSD. A droga dá um visual colorido. É a novidade nas festas - conta o coordenador do programa.
Nenhum comprido foi visto pelas autoridades ainda, mas fontes da SSP que freqüentam as raves do estado já estão por dentro.
- Assim como o ecstasy, as pessoas entram com as drogas dentro de camisinhas nos órgãos genitais. Conseguiremos pegar ou com um traficante vendendo ou com um usuário tomando. Vai ser difícil, mas é questão de tempo.
Confesso que não imaginava que outra droga pudesse ser criada. Já são tantas elaboradas e lançadas apenas com nomes diferentes: Ketamina, Special-K ou K, MDMA, ecstasy, ou Metanfetamina, entre outras. O que mais me assusta são os responsáveis pela criação dessas drogas, que se aproveitam de seus conhecimentos químicos para arruinar a vida de milhares de pessoas.
Até Castro se surpreende com a novidade:
- É interessante ver como as drogas acompanham o momento da sociedade. Você teve o ecstasy na década de 90, o LSD e a maconha nas décadas de 60, 70 e 80. E agora vem uma droga que precisa de certa dose de excitação com alucinação.