quarta-feira, 14 de março de 2012

Cigarros com sabor serão retirados do mercado nacional

Cigarros com sabor serão retirados do mercado brasileiro em dois anos. É o que decidiu, por unanimidade, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), terça-feira, 13, em Brasília, após mais de um ano de debate sobre tema. A norma da Anvisa, aprovada em reunião pública da diretoria colegiada do órgão, restringe o uso de aditivos que conferem sabor e aroma aos produtos fumígenos comercializados no Brasil. Os aditivos utilizados no processo de fabricação dos derivados de tabaco que não conferem aroma e sabor aos produtos não foram banidos. A norma apresenta uma lista positiva de oito substâncias que poderão ser empregadas nessa fase. Durante a reunião, foi lida a manifestação do INCA que repudia os argumentos a favor dos aditivos da indústria do tabaco publicados em informe publicitário na grande mídia nacional nos dias que antecederam a audiência. O diretor-geral INCA, Luiz Antonio Santini, parabenizou a Anvisa que, apesar da enorme pressão exercida por setores da indústria do tabaco, manteve-se firme na condução das audiências. “Foi mais uma vitória da saúde pública. Com a decisão, o Brasil dá mais um passo para reduzir o risco do tabagismo em prol do bem-estar da população. Principalmente, para diminuir a iniciação dos adolescentes ao fumo. Um em cada dois consumidores morrem no país vitimas de doenças tabacorrelacionadas”, ressaltou o diretor. O açúcar continuará permitido exclusivamente com a finalidade de recompor o que foi perdido no processo de secagem das folhas de tabaco. Os prazos para adequação da indústria às novas regras, contados a partir da publicação da resolução, são de 18 meses para os cigarros e 24 meses para os demais derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas. De acordo com a representante da Aliança de Controle do Tabagismo Paula Johns, o cravo e o mentol são os principais aditivos utilizados nos produtos derivados do tabaco para conquistar novos fumantes. “A maioria dos jovens, cerca de 60%, experimentam cigarros com sabor. O cravo e o mentol são os principais aditivos consumidos pelos jovens”, apontou Paula. Fonte:INCA - Instituto Nacional de Câncer, Ministério da Saúde

Vício em álcool está ligado à liberação de endorfinas no cérebro.

Revista Exame Pela primeira vez, estudo feito com seres humanos comprova que vício em álcool está ligado à liberação de endorfinas no cérebro. Um estudo realizado pela Ernest Gallo Clinic e pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, esclareceu o mecanismo do vício em álcool. Pela primeira vez, ele comprovou em seres humanos que a liberação de endorfinas, substâncias que o cérebro produz responsáveis pelo prazer, é a principal causa do problema. Os estudiosos identificaram ainda as regiões do cérebro onde a endorfina é liberada. Até hoje, as experiências só haviam mostrado os efeitos da bebida em animais, sem grande detalhamento. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Science Translational Medicine, as endorfinas são liberadas nas regiões cerebrais do núcleo accumbens, ligado ao prazer, e do córtex órbito-frontal, parte do córtex pré-frontal responsável por processos cognitivos e de tomada de decisão. Os testes foram feitos em dois grupos, um com 13 alcóolatras e 12 bebedores ocasionais, que se submeteram a tomografias para verificar a atividade cerebral durante o consumo de álcool. Assim, eles perceberam que, além de dar prazer, a bebida é capaz de modificar o cérebro de quem bebe regularmente, proporcionando cada vez mais prazer e, por consequência, levando à dependência. Os estudiosos chegaram a essa conclusão ao ver que, quanto maior a quantidade de endorfina liberada no núcleo accumbens, maior era a sensação de prazer em ambos os grupos. Mas, quanto mais liberada no córtex órbito-frontal, mais o grupo alcoólatra ficava embriagado, fato que não ocorreu no grupo de bebedores com menor frequência. Essa novidade pode ajudar na criação de novos remédios para tratar o alcoolismo com mais eficácia do que a naltrexona, usada atualmente para combater o vício. Segundo os pesquisadores, o problema desse medicamento é que ele não bloqueia as substâncias prazerosas liberadas apenas pelo álcool e, por isso, muitos pacientes abandonam o tratamento por causa da sensação que o remédio causa. Ao descobrir onde a dependência começa, poderá ser mais fácil encontrar um fim para ela. Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

terça-feira, 6 de março de 2012

Pílulas para dormir são vinculadas a risco maior de morte

Pílulas para dormir prescritas comumente estão relacionadas com um risco três vezes maior de morte prematura, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na última segunda-feira (27) no periódico BMJ Open. Em doses elevadas, estes medicamentos também estiveram associados a um risco 35% maior de câncer em comparação com indivíduos que não os ingerem, mas as razões para isto não ficaram claras. Médicos chefiados por Daniel Kripke, do Centro de Sono da Família Scripps Clinic Viterbi em La Jolla, Califórnia, analisaram os registros médicos de mais de 10.500 adultos residentes na Pensilvânia que tomavam remédios para dormir prescritos. Eles foram comparados com mais de 23.600 colegas, segundo idade, saúde e histórico e que não fizeram uso destes medicamentos. O estudo foi feito durante dois anos e meio com pílulas para dormir amplamente prescritas, incluindo benzodiazepínicos, não benzodiazepínicos, barbitúricos e sedativos. O número total de mortes registradas neste período foi pequeno nos dois grupos, correspondendo a menos de mil. Mas houve uma diferença grande na mortalidade, afirmaram os cientistas. Aqueles que ingeriram entre 18 e 132 doses de pílulas ao ano mostraram-se 4,6 vezes mais propensos a morrer do que o grupo de controle. Mesmo aqueles que tomaram menos de 18 doses anuais mostraram-se 3,5 vezes mais propensos a morrer. Detalhes de como os indivíduos morreram não foram revelados e os autores reforçam ter encontrado um vínculo estatístico, mas não uma causa. No entanto, eles decidiram soar o alerta, devido ao grande número de pessoas que faz uso destes medicamentos. Autor: OBID Fonte: UOL - Ciência e Saúde

Pesquisa revela por que o álcool vicia

Revista Exame Pela primeira vez, estudo feito com seres humanos comprova que vício em álcool está ligado à liberação de endorfinas no cérebro. Um estudo realizado pela Ernest Gallo Clinic e pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, esclareceu o mecanismo do vício em álcool. Pela primeira vez, ele comprovou em seres humanos que a liberação de endorfinas, substâncias que o cérebro produz responsáveis pelo prazer, é a principal causa do problema. Os estudiosos identificaram ainda as regiões do cérebro onde a endorfina é liberada. Até hoje, as experiências só haviam mostrado os efeitos da bebida em animais, sem grande detalhamento. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Science Translational Medicine, as endorfinas são liberadas nas regiões cerebrais do núcleo accumbens, ligado ao prazer, e do córtex órbito-frontal, parte do córtex pré-frontal responsável por processos cognitivos e de tomada de decisão. Os testes foram feitos em dois grupos, um com 13 alcóolatras e 12 bebedores ocasionais, que se submeteram a tomografias para verificar a atividade cerebral durante o consumo de álcool. Assim, eles perceberam que, além de dar prazer, a bebida é capaz de modificar o cérebro de quem bebe regularmente, proporcionando cada vez mais prazer e, por consequência, levando à dependência. Os estudiosos chegaram a essa conclusão ao ver que, quanto maior a quantidade de endorfina liberada no núcleo accumbens, maior era a sensação de prazer em ambos os grupos. Mas, quanto mais liberada no córtex órbito-frontal, mais o grupo alcoólatra ficava embriagado, fato que não ocorreu no grupo de bebedores com menor frequência. Essa novidade pode ajudar na criação de novos remédios para tratar o alcoolismo com mais eficácia do que a naltrexona, usada atualmente para combater o vício. Segundo os pesquisadores, o problema desse medicamento é que ele não bloqueia as substâncias prazerosas liberadas apenas pelo álcool e, por isso, muitos pacientes abandonam o tratamento por causa da sensação que o remédio causa. Ao descobrir onde a dependência começa, poderá ser mais fácil encontrar um fim para ela. Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Álcool durante a gestação compromete formação do feto

Pesquisa da Uniad aponta que dentre mil grávidas, 1,6% apresentam dependência química. Mesmo que a gravidez seja considerada algo sublime pela maioria das mulheres, existem também as que não desejam passar por essa experiência e são pegas de surpresa quando se descobrem grávidas. O impacto é ainda maior quando as futuras mães são ainda adolescentes. No entanto, o choque emocional pode ser por elas absorvido com mais naturalidade quando consomem bebidas alcoólicas. Mais comum do que se imagina, muitas garotas tornam-se mães e mesmo assim não abandonam a dependência química. A Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (Uniad) conduziu, em 2002, um estudo coordenado pelos Drs. Ronaldo Laranjeira, Sandro Sendin Misuhiro e Elisa Chalem, no bairro de Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, e constatou que, dentre as mil adolescentes grávidas participantes do levantamento, 1,6% apresentou diagnóstico de dependência química ou uso nocivo do álcool. Ainda que a pesquisa tenha sido realizada há 10 anos, não existem outros relatos bibliográficos com este tipo de informação no País. Portanto, é possível que as estatísticas tenham crescido e dentro do índice da pesquisa, 0,9% destas jovens preencheram os critérios avaliados para a dependência do álcool. Para o psiquiatra Sandro Sendin Misuhiro, um dos coordenadores do estudo, "é provável que boa parte dessas adolescentes tenha se tornado alcoólatra já durante a gestação". É fato que o consumo de bebida alcoólica é nocivo à saúde, mas os danos provocados podem ser irreversíveis ao bebê. Nas mães, o excesso causa alterações no fígado, como a gastrite e úlcera. No feto, a Síndrome Fetal do Álcool, conhecida como um conjunto de alterações que facilitam a má formação da criança, pode ocorrer o retardo de crescimento intrauterino e após o nascimento,o peso baixo ao nascer, o lábio superior fino, as anomalias na pálpebra, as disfunções no sistema nervoso central como o atraso no desenvolvimento de habilidade motores e sociais e os distúrbios comportamentais, como irritabilidade. Amamentação Pelos efeitos que o álcool provoca durante a gestação, é prejudicial o seu consumo em qualquer quantidade, por menor que seja. "Cinco doses ou mais por semana durante a gravidez está relacionado com peso baixo ao nascer o bebê, parto prematuro e abortamento espontâneo", alerta o Dr. Sandro Sendin Misuhiro. A contraindicação é severa, uma vez que o álcool presente no organismo da mãe pode ser evacuado no leite e "isso significa que o álcool consumido pela mãe lactante será ingerido pelo bebê lactente", diz o médico. Influência familiar "A disponibilidade de bebida alcoolica e o nível de aceitação de seu consumo em determinado meio são fatores que aumentam a probabilidade de uso. Se essas condições forem encontradas em uma família, a chance dessas jovens beberem será maior", adverte o psiquiatra. A responsabilidade das adolescentes ao criar um filho, ainda que tão jovens, não impede que as famílias atuem como orientadores no alerta para este comportamento juvenil. A melhor arma contra o problema é uma boa conversa, aliada à limitação e fiscalização do consumo das substâncias etílicas. Mesmo que não seja determinante, os filhos de mães dependentes podem adquirir, futuramente, o mesmo hábito. O Dr. Sandro salienta os riscos: "Mesmo que o bebê exposto ao álcool na gravidez não tenha alterações físicas profundas como as observadas na Síndrome Fetal pelo Álcool, alterações mais sutis, porém graves o suficiente para comprometer a funcionalidade dessas crianças, podem ocorrer". Por isso, evite o álcool não somente durante a gestação, mas em qualquer ocasião, adverte o médico. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)