segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um homem em cada 5 corre o risco de ter transtornos alcoólicos

Folha Online


Segundo autor do artigo, entre as mulheres o risco é metade ou um pouco menos, entre 10% e 8%


Mais de 20% dos homens correm riscos de desenvolver transtornos causados pelo consumo de álcool, segundo um artigo que reúne estudos recentes sobre alcoolismo, que será publicado na segunda-feira no site da revista médica "The Lancet".
Entre as mulheres o risco é metade ou um pouco menos, entre 10% e 8%, segundo o autor do artigo, Marc Schuckit, da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos.
Marc Schuckit assegura que os médicos deveriam investigar sistematicamente os transtornos provocados pelo álcool, mediante um interrogatório dos pacientes e exames de sangue.
Em geral, um homem começa a ingerir álcool aos 15 anos. Mas o período de alcoolização mais intenso acontece habitualmente entre os 18 e os 22 anos. Com 18 anos, mais de 60% dos jovens já teve a experiência de se embriagar.
O consumo problemático e a dependência começam com frequência na metade dos 30 anos, quando a maioria começa a moderar o consumo.
Os transtornos provocados pelo álcool são comuns a todos os países desenvolvidos, com uma proporção menor, mas ainda considerável, nos países em desenvolvimento.
São menos frequentes nos países mediterrâneos, como Grécia, Itália e Israel, e mais elevados no norte e no leste da Europa, como Rússia e Escandinávia. Em quase todas as populações há importantes gastos com a saúde.
Os transtornos derivados do álcool se associam a períodos de depressão, ansiedade, insônia, suicídio e abuso de drogas. Um consumo grande de bebidas alcoólicas aumenta o risco de infarto, ataques cerebrais, cânceres e cirrose.
Quase três de cada quatro indivíduos que têm câncer na cabeça ou no pescoço apresentam transtornos alcoólicos, o que dobra o risco de câncer no esôfago, reto e mama, segundo Marc Schuckit.

Videogame prejudica relacionamentos sociais de jovens, diz pesquisa

Folha Online


Estudo ainda vincula frequência no uso do videogames a um comportamento mais perigoso, incluindo o consumo de bebidas alcoólicas e de drogas


O crescente uso de videogames entre os jovens prejudica as relações com os membros de sua família e com os amigos, revelou hoje um estudo divulgado pela revista "Journal of Youth and Adolescence".
A pesquisa realizada pelos cientistas Alex Jensen e Laura Walker, uma fervorosa fã desses jogos e membro da Universidade Brigham Young (Utah), se baseia em informação coletada entre quase mil estudantes universitários de todo o país.
Walker, que afirma estar decepcionada com os resultados do estudo, ressaltou que, quanto mais tempo os jovens passam em frente aos videogames, piores são suas relações com amigos e parentes.
"É possível que isso se deva a que os adolescentes se excluem de relações sociais importantes só para jogar ou que aqueles que têm relações difíceis buscam essa forma de passar o tempo", explicou.
"O mais provável é que essas sejam duas das causas que se transformam em um círculo vicioso", acrescentou.
Para a pesquisa, os estudantes informaram sobre quanto tempo passam nos jogos e responderam a uma série de perguntas sobre a qualidade de sua relação familiar, incluindo a confiança e o afeto que recebem dos pais e dos amigos.
No entanto, os pesquisadores advertiram de que a influência dos videogames é só um fator em todo um conjunto que leva às más relações pessoais.
"O interessante do estudo é que tudo o que analisamos em torno do uso dos jogos eletrônicos é negativo", ressaltou Walker.
A pesquisa revelou ainda que, no caso de jovens mais velhos, a frequência no uso de videogames estava proporcionalmente vinculada a um comportamento mais perigoso, incluindo o consumo de bebidas alcoólicas e de drogas.
No caso das mulheres jovens, a atração pelos videogames era inversamente proporcional à autoestima.
Jensen, entretanto, ressaltou que os futuros estudos poderiam absolver os entretenimentos eletrônicos elaborados para que várias pessoas joguem simultaneamente, o que supostamente aumentaria seu contato social.

Alcoolismo causa 57 mortes por dia no Brasil

Maracaju News


Autores da pesquisa observam também que a pesquisa mostra apenas uma parcela do problema, a de doenças crônicas provocadas pelo uso da bebida


A taxa de mortalidade por doenças associadas ao alcoolismo subiu de 10,7 para 12,64 óbitos por 100 mil habitantes em seis anos.
Os dados, revelados em uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, comparam os números registrados em 2000 e 2006 e, na avaliação de especialistas, pode ser ainda maior.
“Esta é uma mostra do grave problema de saúde pública provocado pelo excesso de bebida”, assegura a coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
No período analisado, foram contabilizados 146.349 óbitos associados ao consumo do álcool, o que dá uma média de 57 mortes por dia.
Deste total, 92.946 estão plenamente ligadas ao excesso de bebida. Todas elas são consideradas como mortes evitáveis. “O tratamento da dependência ao álcool é difícil, com taxas baixas de sucesso”, observa Deborah.
“Mas é possível prevenir, e é nesse ponto que temos de melhorar as estratégias”, completa.
A elevação da taxa de óbitos demonstrada no levantamento é atribuída principalmente a melhor captação dos dados, considerados ainda subestimados.
Autores do trabalho observam também que a pesquisa mostra apenas uma parcela do problema, a de doenças crônicas provocadas pelo uso da bebida. “Não podemos nos esquecer que, em casos de violência, boa parte das vítimas ou agressores está alcoolizada”, diz Deborah.
Além disso, uma parcela significativa dos acidentes de trânsito é provocada pela associação da bebida com direção. “Se somarmos todos esses fatores, veremos que o número de vítimas é muito maior”, completa.

Perfil - Mesmo subestimados, os números do trabalho mostram o quanto é importante a adoção imediata de ações para garantir a prevenção do problema, afirma o psiquiatra e conselheiro do Conselho Regional de Medicina, Mauro Aranha.
“É um erro achar que bebida alcoólica só faz mal para quem a consome. Acidentes de trânsito, os números da violência estão aí para desmentir isso”, completa.
A maior parte das mortes diretamente ligadas ou associadas ao uso da bebida ocorre na faixa etária entre 30 e 59 anos, sobretudo entre homens.
Mas a pesquisa mostra que as mortes relacionadas à bebida ocorrem em todas as faixas etárias. Incluindo crianças e jovens. No período analisado, por exemplo, foram confirmados seis mortes por envenenamento por álcool entre 0 e 4 anos.
Na faixa entre 5 e 9 anos também ocorreram outras seis mortes por essa causa. Entre 2000 e 2006, 271 crianças e jovens entre 0 e 19 anos morreram por causa da bebida - 231, entre 15 e 19 anos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fumar na adolescência pode aumentar o risco de obesidade entre as mulheres

Blog Boa Saúde


Pesquisadores destacam que a razão dessa relação em mulheres pode ser biológica ou cultural



Mulheres que fumam na adolescência podem ter um maior risco de se serem obesas na idade adulta, segundo estudo publicado no American Journal of Public Health. Os pesquisadores avaliaram questionários respondidos por gêmeos nascidos entre os anos de 1975 e 1979 quando eles tinham 16 anos de idade; e coletaram mais dados dos mais de 4 mil participantes quando eles tinham mais de 20 anos. E notaram que as mulheres que fumavam dez ou mais cigarros por dia na adolescência tinham, em média, 3,4 cm a mais de cintura na idade adulta em relação às não-fumantes. Além disso, elas eram mais de duas vezes mais propensas ao sobrepeso. Os autores destacam que a razão dessa relação em mulheres pode ser biológica ou cultural, mas eles não sabem explicar porque os efeitos não são os mesmos para os homens.

Jovens fumantes consideram atores que fumam mais atraentes

Estadao.com.br


Pesquisadores acreditam que conseguiram ligar reações de adolescentes à questão da presença do cigarro

Os adolescentes que experimentaram tabaco consideram mais atraentes os personagens de cinema que fumam, em comparação com os não fumantes, segundo um estudo publicado no último número da revista norte-americana Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.
Uma equipe do Instituto de Terapia e Pesquisa de Saúde da Alemanha chegou a essa conclusão depois de estudar as reações dos adolescentes ao observar a protagonista fumante de um trailer.
Os pesquisadores descobriram que as percepções eram diferentes em função da experiência dos alunos com o tabaco.
O experimento consistiu em dividir 1.051 alunos entre 10 e 18 anos (dos quais 59% não tinham experimentado cigarros) em dois grupos.
Um dos grupos viu um trailer de 24 segundos em que a protagonista, uma famosa atriz alemã, não fumava e outro viu o mesmo trailer, com a diferença que a nesse a atriz fumava durante três segundos, sozinha e com uma atitude relaxada.
Depois de ver os vídeos, os adolescentes qualificaram em uma escala de adjetivos opostos, tais como não-sexy/sexy, bonita/feia, a personagem da atriz.
Os adolescentes que viram o primeiro trailer tiveram percepções similares da protagonista.
No entanto, no caso do vídeo em que ela fumava, aqueles que já fumaram a consideraram "significativamente" mais atraente que os não fumantes.
"Mesmo quando o fato da personagem fumar em um curto trailer é bastante irrelevante isso pode aumentar seu atrativo para os adolescentes que experimentaram os primeiros cigarros", disse Reiner Hanewinkel, responsável pela pesquisa.
O cientista assegura que o tabaco envia uma "forte e tentadora mensagem" ao espectador adolescente.