segunda-feira, 21 de março de 2011

Adolescentes fumantes têm redução na atividade cerebral

Hype Science
Um novo estudo descobriu que os adolescentes fumantes têm atividades do cérebro reduzidas.

Os pesquisadores determinaram esses resultados através da medição do nível de dependência de nicotina em 25 fumantes e 25 não-fumantes com idades entre 15 e 21 anos.

Eles utilizaram o índice de quantidade de fumo (IQF), que observa quantos cigarros um adolescente fuma por dia e quão cedo eles começam a fumar no dia para determinar a dependência de cada indivíduo.

Em seguida, os participantes realizaram um teste. Eles foram submetidos a ressonância magnética funcional (fMRI), e deveriam pressionar um botão o mais rápido que pudessem quando uma seta iluminada aparecia. Quando um sinal sonoro tocava, eles não deveriam apertar o botão. Isso demonstraria a capacidade de cada participante de inibir uma ação.

Os resultados foram surpreendentes. Segundo os pesquisadores, quanto maior a medição IQF, ou seja, quanto mais um adolescente fumava, maior a redução da atividade em uma parte do cérebro conhecida como córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões. Mas, apesar dessa atividade reduzida, fumantes e não fumantes tiveram as mesmas performances na tarefa.

Isso sugere que a resposta motora dos fumantes pode ser mantida por algum tipo de compensação de outras áreas do cérebro. Segundo o estudo, o fato de que tanto fumantes e não fumantes tiveram o mesmo desempenho indica que as intervenções precoces durante a adolescência podem impedir que os jovens passem de fumar ocasionalmente para fumar pesado.

Por outro lado, o desenvolvimento prolongado do córtex pré-frontal pode causar má tomada de decisão em adolescentes, devido ao controle cognitivo imaturo durante esse período. Este efeito pode influenciar a capacidade da juventude de tomar decisões racionais sobre seu bem-estar, e isso inclui a decisão de parar de fumar.

Assim, como o córtex pré-frontal continua a se desenvolver durante o período crítico da adolescência, o tabagismo pode influenciar a trajetória do desenvolvimento do cérebro, afetando o funcionamento do córtex pré-frontal. Por sua vez, se o córtex pré-frontal é impactado negativamente, um adolescente pode ficar mais propenso a continuar fumando, em vez de tomar uma decisão mais saudável.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Jovem tem menos problemas com álcool quando seus pais acompanham sua vida social

R7
Relação é mais forte quando ocorre entre pais e filhos de sexos opostos.

De acordo com a autora do estudo, Julie Patock-Peckham, professora de Psicologia e Neurociência da universidade, foram analisados 581 estudantes universitários americanos.

Os voluntários responderam a um questionário sobre o estilo de seus pais e mães, separadamente, e também avaliaram o conhecimento deles sobre suas amizades e planos sociais. Os médicos também estudaram a impulsividade dos jovens e sua relação com o álcool.

Os pais foram classificados de três maneiras: os autoritários (que priorizavam regras e a obediência, mas não abriam espaço para a discussão); os com autoridade (que tinham regras e instruções claras, além de serem abertos para o bate-papo); e, por último, os permissivos (que apresentavam um comportamento mais de amigo do que de pai).

O estudo mostrou que os pais com autoridade acompanhavam melhor a vida social de seus filhos e sabiam mais de seus planos, conseguindo, assim, influenciar na relação dos jovens com o álcool.

Já os permissivos tinham menores chances de monitorar com sucesso a vida de seus filhos. Os autoritários, no entanto, não tinham nenhuma vantagem nem desvantagem com relação aos outros.

Segundo Julie, os resultados foram surpreendentes.

- Nosso estudo mostrou que um ambiente com regras rígidas não facilitam o conhecimento dos pais sobre o universo de seus filhos quando eles se tornam adultos.

Além disso, quando os cientistas analisaram a relação entre o sexo de pais e filhos, eles notaram que o pai ou a mãe exercem melhor influência no sexo oposto e podem, indiretamente, reduzir os problemas que seus filhos possam ter com alcoolismo.

- As pessoas acreditam que as meninas estarão bem se apenas suas mães estiverem envolvidas em suas vidas. Mas nós mostramos que os pais também têm um impacto importante.

Segundo Julie, os mesmo vale para a relação das mães com seus filhos homens.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Narguilé pode ser 450 vezes mais perigoso do que o cigarro, diz estudo

Tradicional cachimbo d`água, comum em países do Oriente Médio, leva a altos níveis de monóxido de carbono.

Uma pesquisa britânica afirma que o narguilé (o tradicional cachimbo de água, comum no Oriente Médio) é tão prejudicial à saúde quanto o cigarro.

O estudo do Tobacco Control Collaborating Centre afirmou que as pessoas que fumam narguilé podem sofrer com os altos níveis de monóxido de carbono (CO).

"Descobrimos que uma sessão fumando o narguilé - isto é, 10 miligramas (de tabaco) por 30 minutos - resulta em níveis de monóxido de carbono quatro ou cinco vezes mais altos do que fumar um cigarro", afirmou Hilary Wareing, uma das diretoras do centro de pesquisa.

"Mas, na pior das hipóteses, o narguilé era 400 a 450 vezes mais perigoso do que fumar um cigarro", acrescentou.

O narguilé é um cachimbo de água no qual o tabaco com aroma de frutas é queimado, com o uso de carvão, passa por uma vasilha de água enfeitada e é fumado por meio de uma mangueira.

Prejudicial à saúde

O Departamento Britânico de Saúde afirmou que é difícil saber exatamente o quanto de monóxido de carbono um cigarro produz, devido à diferença na inalação dos fumantes.

Mas, a medida do monóxido de carbono no hálito exalado mostrou que o nível normal medido em um não fumante foi de três partes de CO por um milhão de partes de ar (ppm), (o que afetou menos de 1% de seu sangue), um fumante que consome menos cigarros teve 10-20 ppm (2% a 4% do sangue afetado), e um fumante com alto consumo de cigarros teve 30-40 ppm (entre 5% e 7% do sangue afetado).

O estudo descobriu que a pessoa que fuma o narguilé tinha 40-70 ppm de monóxido de carbono, o que afeta entre 8% e 12% do sangue e é um nível ainda maior do que os fumantes que consomem muito cigarro.

Paul Hooper, gerente regional do Departamento de Saúde, afirmou que estas descobertas fazem com que o narguilé se transforme em uma "grande questão" de saúde.

De acordo com Hooper, muitos afirmam até que narguilé "não é o mesmo que fumar".

Ideia errada

Os bares de narguilé são populares em Londres, Manchester e Birmingham, atraindo não apenas fregueses de países do Oriente Médio, mas também o público mais jovem.

"Se minha mãe me ver fumando narguilé, ela não vai encarar isto como um ato tão sério como se eu estivesse fumando um cigarro", disse um britânico de descendência paquistanesa.

Mas a pesquisa sugere que esta é uma ideia errada, e a descoberta de altos níveis de monóxido de carbono em mulheres grávidas que pararam de consumir cigarros mas continuaram a fumar narguilé, levou à realização da pesquisa.

"Você sabe que pode morrer devido aos cigarros, mas não sabe que pode morrer por causa do narguilé. Agora vou para casa para pesquisar isto", disse um jovem frequentador de um bar de narguilé em Londres.

"Existe um risco para a saúde, mas tudo é relativo ao consumo e todas as provas que vi são de que fumar narguilé não é como fumar nem mesmo um cigarro", afirmou Akram, 27 anos, que gerencia um restaurante e bar de narguilé em Birmingham.

Infecções

Mas não é apenas o nível de monóxido de carbono que gera preocupação em relação ao narguilé. Qasim Choudhory, funcionário do Serviço de Antitabagismo do Serviço Público de Saúde britânico, afirma que dividir o cachimbo de narguilé pode transmitir infecções.

"Existe um risco maior de contrair tuberculose, herpes e infecções como esta", afirmou.

"E agora a gripe suína está no topo da pauta, não há uma correlação direta, mas num momento em que aumentamos a higiene, (o narguilé) não é o melhor tipo de atividade para participar", acrescentou.

Hilary Wareing afirmou que os resultados do estudo atual são chocantes, mas serão necessárias mais pesquisas para mostrar exatamente como o narguilé é perigoso.

Paul Hooper afirmou que o Departamento de Saúde está trabalhando para "passar a mensagem - de como isto é perigoso - ao consumidor".

"Mas como você rotula o tabaco e o cachimbo de narguilé? Não é tão simples como rotular um maço de cigarros", afirmou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.




Fonte : http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,narguile-pode-ser-450-vezes-mais-

terça-feira, 15 de março de 2011

Adolescentes fumantes têm redução na atividade cerebral

Hype Science

Um novo estudo descobriu que os adolescentes fumantes têm atividades do cérebro reduzidas.

Os pesquisadores determinaram esses resultados através da medição do nível de dependência de nicotina em 25 fumantes e 25 não-fumantes com idades entre 15 e 21 anos.

Eles utilizaram o índice de quantidade de fumo (IQF), que observa quantos cigarros um adolescente fuma por dia e quão cedo eles começam a fumar no dia para determinar a dependência de cada indivíduo.

Em seguida, os participantes realizaram um teste. Eles foram submetidos a ressonância magnética funcional (fMRI), e deveriam pressionar um botão o mais rápido que pudessem quando uma seta iluminada aparecia. Quando um sinal sonoro tocava, eles não deveriam apertar o botão. Isso demonstraria a capacidade de cada participante de inibir uma ação.

Os resultados foram surpreendentes. Segundo os pesquisadores, quanto maior a medição IQF, ou seja, quanto mais um adolescente fumava, maior a redução da atividade em uma parte do cérebro conhecida como córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões. Mas, apesar dessa atividade reduzida, fumantes e não fumantes tiveram as mesmas performances na tarefa.

Isso sugere que a resposta motora dos fumantes pode ser mantida por algum tipo de compensação de outras áreas do cérebro. Segundo o estudo, o fato de que tanto fumantes e não fumantes tiveram o mesmo desempenho indica que as intervenções precoces durante a adolescência podem impedir que os jovens passem de fumar ocasionalmente para fumar pesado.

Por outro lado, o desenvolvimento prolongado do córtex pré-frontal pode causar má tomada de decisão em adolescentes, devido ao controle cognitivo imaturo durante esse período. Este efeito pode influenciar a capacidade da juventude de tomar decisões racionais sobre seu bem-estar, e isso inclui a decisão de parar de fumar.

Assim, como o córtex pré-frontal continua a se desenvolver durante o período crítico da adolescência, o tabagismo pode influenciar a trajetória do desenvolvimento do cérebro, afetando o funcionamento do córtex pré-frontal. Por sua vez, se o córtex pré-frontal é impactado negativamente, um adolescente pode ficar mais propenso a continuar fumando, em vez de tomar uma decisão mais saudável.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Drogas e seus efeitos destruidores

Drogas e seus efeitos destruidores

Durante anos, o uso indevido de drogas foi tratado como assunto restrito às áreas médica e jurídica. Hoje, o tema é um dos mais presentes nos meios de comunicação, sabemos que sua abordagem deve ser a mais ampla possível, envolvendo todos os segmentos organizados da sociedade, pois é motivo de preocupação universal. Infelizmente, a maciça produção de notícias sobre esta temática nem sempre é acompanhada pela devida sobriedade, nem pelo caráter cientifico necessário. Sensacionalismos, afirmações emocionais e ou moralismos distorcem os fatos, e apresentam um panorama nebuloso e preconceituoso, o qual não favorece a adequada objetividade no trato específico do problema.


SOLVENTES OU INALANTES
Definição: A palavra solvente significa capaz de dissolver coisas e inalantes, é toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Via de regra todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, evapora facilmente e, portanto, facilmente inaladas. Outra característica dos solventes ou inalantes é que muitos deles (mas não todos) são inflamáveis. Há um enorme número de produtos comerciais como esmalte, colas, tintas, thinners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes, etc.

Efeitos no cérebro: O início dos efeitos após a aspiração é bem rápido – de segundos a minuto no máximo – e em 15 a 40 minutos desaparecem; o usuário repete esse processo para que as sensações durem mais.

Fase: É a chamada fase de excitação e é a desejada, pois a pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, ocorrendo tonturas e perturbações auditivas e visuais. Mas pode também aparecer náuseas, espirros, tosse, muita salivação e as faces podem ficara avermelhadas.
Fase: A depressão e desorientação.
Fase: A depressão se aprofunda com redução acentuada do alerta, falta de coordenação ocular (o indivíduo não consegue fixar os olhos nos objetos), falta de coordenação motora com marcha vacilante, reflexos deprimidos; alucinações.
Fase: Depressão tardia; o indivíduo pode perder a consciência, queda de pressão, sonhos estranhos, podendo ainda a pessoa apresentar surtos e convulsões (ataques). Esta fase ocorre com freqüência entre aqueles que cheiram em sacos plásticos. Sabe-se que a aspiração repetida dos solventes leva a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões irreversíveis no cérebro.
Efeitos tóxicos: As inalações constantes podem ocasionar lesões da medula óssea, dos rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os músculos. Em alguns casos, principalmente quando existe no solvente uma impureza, o benzeno, mesmo em pequenas quantidades, pode haver diminuição de produção de glóbulos brancos e vermelhos pelo organismo.

MACONHA
É o nome dado no Brasil a planta chamada cientificamente de Cannabis sativa.

Efeitos da maconha: Os efeitos que a maconha produz sobre o homem são físico – ação sobre o próprio corpo ou partes dele – e psíquicos – ação sobre a mente.

Efeitos físicos agudos: São poucos: os olhos ficam avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca e o coração dispara, de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou mais, a chamada taquicardia.

Efeitos psíquicos agudos: Os efeitos psicotrópicos dependem do tipo de maconha utilizada, e da sensibilidade orgânica de quem a usa. Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, ausência de fadiga, vontade de rir. Para outras pessoas os efeitos são para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas e inseguras, trêmulas, com sudorese. Há ainda evidente perturbação na capacidade de calcular o tempo e o espaço, déficit acentuado de atenção.

Efeitos crônicos: Com o uso o contínuo, vários órgãos do corpo são afetados, principalmente pulmões e cérebro.

COGUMELOS E PLANTAS ALUCINÓGENAS
O uso do cogumelo ficou famoso no México, onde era usado pelos nativos em rituais religiosos.

Jurema: é usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. Só é usado nas cidades em rituais de candomblé por ocasião de passagem de ano

Mescal ou Peyolt: é um cacto, também utilizado desde remotos tempos na América Central, em rituais religiosos. Produz a substância alucinógena chamada mescalina. Não existe no Brasil.

Caapi e Chacrona: são plantas alucinógenas que são utilizadas conjuntamente sob forma de uma bebida que é ingerida no ritual do Santo Daime ou Culto da União Vegetal e várias outras seitas.

Efeitos no cérebro: induzem a alucinações e delírios. Produzem efeitos muito diferentes dependendo o usuário.

Efeitos no resto do corpo: os sintomas físicos são poucos salientes, pois são alucinógenos primários. Pode aparecer dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia e náuseas, estes últimos mais comuns com a bebida do Santo Daime.

COCAÍNA
Droga estimulante do sistema nervoso central, uma das mais consumidas, no Brasil. A cocaína é introduzida no corpo de três formas: nasal (aspirada), endovenosa (injetada) e pulmonar (fumada).

Principais sintomas: Excitação, aumento da atividade, agressividade, idéias delirantes com paranóia, palidez acentuada, dilatação da pupila; emagrecimento e congestão nasal; tosse e expectoração escura.

Efeitos da substância: Sensação de euforia e bem-estar, idéias de grandiosidade, irritabilidade, aumento da atenção para estímulos externos, prejuízo na capacidade de avaliação e julgamento. O usuário passa a falar e a mover-se com maior rapidez e não sente sono, fome ou fadiga. Com o aumento da dose: reações de pânico, paranóia, alucinações auditivas e táteis (escutar vozes, sensações de insetos andando pelo corpo).

Danos e doenças comumente associados: Perda da sensibilidade olfativa, atrofia da mucosa com rinite crônica e perfuração do septo nasal; lesão pulmonar com diminuição da capacidade de oxigenação no sangue, por fibrose intersticial. O uso endovenoso ocasiona dois tipos de complicações, não-infecciosas e infecciosas. As complicações não-infecciosas da cocaína ocorrem quando impurezas e substância misturadas para dar quantidade são injetadas. As complicações infecciosas são causadas pelo uso comum de utensílios contaminados, utilizados no preparo e na aplicação da injeção, e manipulação de seringas compartilhadas, com a contaminação sanguínea de um indivíduo para outro.

Tratamento: Nos casos mais graves, o paciente deve ser encaminhado para um serviço de emergência, pois há risco de morte, e mantido sob observação. Caso apresente delírios e paranóias, pode ser indicada medicação neuroléptica, via intramuscular.

ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA
Principais sintomas: Estupor, analgesia, lacrimejamento, coriza, pupila em cabeça de alfinete, sonolência.

Elementos e acessórios: pó branco cristalino ou escuro; ampolas, frascos, seringas hipodérmicas e agulhas; manchas de sangue na roupa, escaras, feridas, dedos queimados, cicatrizes e abscessos no corpo.

CRACK
O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos.

O surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.

O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante, ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.

A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Exercícios diminuem vontade de fumar maconha, diz estudo

R7
Pesquisa americana mostra que caminhar em esteira reduz uso pela metade.

Um estudo realizado por pesquisadores americanos mostrou que praticar exercícios diminui a vontade de fumar maconha e, consequentemente, o uso da substância.

Os cientistas, do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, avaliaram 12 participantes – oito mulheres e quatro homens -, que foram escolhidos porque eram usuários de maconha e não queriam fazer tratamento para parar de fumar.

Após algumas sessões de corrida em esteira - 10 a 30 minutos diários por duas semanas -, a fissura (desejo de fumar) e o uso da maconha caíram pela metade entre os voluntários.

Segundo um dos autores do estudo, Peter Martin, diretor do Centro de Toxicodependência da universidade, a redução começou logo após uma semana de exercícios.

- Não é possível tratar o vício em maconha com medicamentos, o que torna esse problema ainda maior. Esse é o primeiro estudo a mostrar que as atividades físicas podem reduzir o uso da substância em pessoas que não querem parar de fumar.

Para o co-autor do estudo, Mac Buchowski, diretor do Laboratório de Balanço Energético da universidade, novos estudos irão ampliar o conhecimento sobre o papel da atividade física na saúde.

- Abrimos uma porta para avaliar os exercícios como forma de prevenção e tratamento do vício em maconha. Um hábito que parece inocente (fumar maconha) pode, na verdade, se tornar uma doença que precisa de tratamento.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

DROGAS - Uma luta que podemos vencer

Jornal de Barretos

O VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre estudantes das capitais brasileiras trouxe um dado que pode ser considerado positivo: houve queda entre 2004 e 2010, do número de estudantes que consumiram bebidas alcoólicas, bem como daqueles que apontaram o uso de drogas ilícitas, segundo seus próprios relatos.

Apesar da queda, os dados da pesquisa revelam que o consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens continua alto.

Dos 13 milhões de adolescentes que habitam as capitais brasileiras e o Distrito Federal, mais de 60% já experimentaram bebida alcoólica e boa parte – 42% – continuam fazendo uso do álcool.

Esses números preocupantes justificam a decisão da OAB SP de lançar a Campanha Contra o Uso Abusivo de Álcool pelos Jovens, com o objetivo de fazer um alerta à sociedade quanto a gravidade deste assunto, gerando mobilização e medidas preventivas.

O consumo abusivo de álcool entre os jovens está associado à morte violenta, especialmente no trânsito, queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais , bem como pode causar modificações neuroquímicas, com prejuízos à memória e ao aprendizado, sem falar que em muitos casos é a porta de entrada para o consumo de drogas ilícitas.

O papel dos pais nessa luta é importantíssimo porque a questão da bebida alcoólica entre jovens tem começado, frequentemente, em casa e pela ausência de limites.

Nas festas familiares vem se tornando comum no Brasil os pais tolerarem que seus filhos adolescentes experimentem uma “cervejinha” ou algum destilado; porquanto se tornou praxe em nossa cultura que todas as comemorações sejam sinônimos do uso de muita bebida alcoólica.

Igualmente nos restaurantes, nas confraternizações familiares, os próprios pais pedem bebida alcoólica para os filhos adolescentes.

Esses gestos descompromissados dos pais muitas vezes levam os filhos a entenderem que há uma tolerância , senão uma permissão expressa ao uso de bebida alcoólica porque se está entrando na vida adulta.

Da mesma forma é fundamental exigir maior rigor das autoridades na fiscalização de estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas para que não haja venda para menores de 18 anos, como constatamos, principalmente em supermercados 24 horas e em bares da periferia, onde até crianças compram bebidas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê pena de detenção de seis meses a dois anos e multa para aqueles que venderem, fornecerem, ministrarem ou entregarem bebidas alcoólicas a menores. Mas é a vigilância da sociedade que fará toda a diferença.

Campanhas de conscientização tem o condão de trazer o assunto para a discussão e chamar atenção para a gravidade de fatos que passam despercebidos no dia-a-dias das pessoas, especialmente das famílias e dos educadores; possibilitando uma reação e adoção de medidas preventivas , que cheguem antes do sofrimento e da angústia para milhares de famílias que vêem o uso excessivo de álcool destruindo a vida de seus filhos.

Nesse processo educativo de conscientizar os jovens e as famílias sobre os perigos do álcool excessivo é fundamental, porque a tendência de todos nós é demonizar as drogas psicotrópicas, esquecendo-se que as drogas legais, como o álcool, são igualmente perigosas.

Precisamos estar atentos para que a nossa tolerância sob a desculpa da nossa cultura não custe a vida ou o futuro de nossos filhos.

* Luiz Flávio Borges D´Urso, advogado criminalista, mestre e doutor pela USP, Professor Honoris Causa da FMU, é presidente da OAB SP.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

CIGARRO - A mão do gato

Folha de São Paulo - Drauzio Varella

O que a sociedade espera da Anvisa são decisões técnicas para proteger a saúde da nossa população

HÁ MOMENTOS em que excesso de democracia atrapalha. Antes que você me interprete mal, leitor, vou descrever o caso a que me refiro.

Imbuída de intenções democráticas, a Anvisa decidiu fazer duas consultas públicas que envolvem a comercialização de cigarros. Segundo a agência, "esse processo contribuirá para a transparência e participação da sociedade e auxiliará a Anvisa na elaboração do texto final do regulamento proposto".

A primeira consulta (número 112) trata da permissão para exibir nos maços os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono e de proibir a adição de aromatizantes e flavorizantes.

A questão dos aditivos está entre as grandes malfeitorias praticadas pela indústria: adicionar aromatizantes para disfarçar o odor da fumaça e flavorizantes para conferir sabor de baunilha, menta, chocolate, morango e outros com a finalidade de encobrir o paladar aversivo do fumo e viciar meninas e meninos em idade mais precoce. Crianças e adolescentes somam 90% dos que começam a fumar.

A questão de imprimir no maço os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono é crime ainda mais grave, porque se destina a criar uma sensação falsa de segurança.

Os cigarros "light", "ultralight" ou de "baixos teores" foram lançados nos anos 1960, quando não havia mais como negar a relação entre fumo, câncer, doenças cardiovasculares, pulmonares e dezenas de outras. Para o consumidor a lógica pareceu razoável: se o alcatrão provoca câncer, quanto menos alcatrão, menor o risco. Milhões aderiram às marcas "light".

Os cigarros de "baixos teores" são ainda piores do que os mais fortes. Quem controla a quantidade de nicotina a ser absorvida em cada tragada são os neurônios do fumante.

Se o cigarro é forte, poucas tragadas fornecem a nicotina necessária; quando é fraco, elas se tornam mais profundas e o intervalo entre uma e outra encurta. A fuligem e os 6.000 compostos químicos resultantes da combustão entram em contato mais íntimo e destruidor com os brônquios e alvéolos pulmonares.

A segunda consulta (número 117) procura regulamentar a exposição dos maços nos pontos de venda e o conteúdo das mensagens de advertência.

Proibido o acesso à televisão e aos jornais, os fabricantes investiram pesado na divulgação de material publicitário (displays, cartazes, luminosos etc.) para promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência.

Em 83% dos estabelecimentos visitados durante uma pesquisa realizada no ano passado pelo DataFolha/Aliança de Controle do Tabagismo, os cigarros estavam expostos junto a balas, chocolates ou doces. Nas padarias esse número chega perto da totalidade.

Como de costume, a indústria reagiu com a mão do gato: mobilizou os setores que defendem seus interesses e os parlamentares financiados por ela.

Na falta de argumentos para justificar o crime continuado de induzir crianças a adquirir a dependência química mais escravizante que a medicina conhece, esses grupos alardeiam que a consulta pública é antidemocrática e autoritária, que exclui o debate e o esclarecimento da população, que irá provocar impactos econômicos gravíssimos para produtores e varejistas, que causará desemprego e abrirá caminho para o contrabando.

Para manter a legislação frouxa como está, chegam ao cinismo de pressionar para que as consultas sejam proibidas.

Vamos inverter o raciocínio deles. Para impedir que os fabricantes continuem a praticar os crimes de acrescentar produtos químicos que tornam o cigarro mais palatável para crianças, de imprimir no rótulo teores de nicotina e alcatrão para fingir que existem cigarros menos nocivos e de expor os maços junto a balas e chocolates nas padarias, seria necessário organizar consultas públicas?

Quando a Anvisa proibiu a exposição de vitaminas nas prateleiras das farmácias, por acaso consultou o público? Se embalagens de vitaminas quase sempre inúteis, porém inócuas para o organismo, não devem ficar expostas ao consumidor desavisado, o maço de cigarro pode?

O que a sociedade espera da Anvisa são decisões técnicas para proteger a saúde da população. Reduzir o consumo de cigarros e o contingente de crianças que se tornará dependente de nicotina pelo resto da vida estão entre elas.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Misturar álcool com energético é um perigo para o coração, alertam cardiologistas

Por Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde

O energético pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez

Achar que energético melhora performance é um equívoco, dizem especialistas.

Especialistas divergem sobre quantidade máxima de cafeína que se pode ingerir.

O relato de pais e médicos e pesquisas sobretudo americanas chamam a atenção para um hábito comum no Carnaval, mas arriscado: tomar bebida alcoólica com energético. Segundo o cardiologista Luciano Vacanti, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias "irritam" o músculo do coração (o miocárdio). Ele afirma, ainda, que há casos descritos nos Estados Unidos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias que precisaram ser revertidas nos hospitais.

O médico Anthony Wong, chefe do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP), relata que este é um hábito que está virando uma epidemia mundial. "Pior que quanto mais jovem é a pessoa menos controle ela tem sobre as bebidas alcoólicas. É necessário tomar uma atitude de controle por parte das autoridades com o crescente abuso dessa associação", opina.

Há vários motivos apontados pelos consumidores para se misturar as bebidas. Entre eles, disfarçar o gosto do álcool (principalmente no caso de destilados), além de esticar a balada. Por ser estimulante, o energético carrega o mito de anular os efeitos depressivos do álcool, o que é verdade em parte porque a bebida reduz a sensação de sonolência, mas os reflexos continuam mais lentos sob o efeito do álcool.

Percepção alterada

Pesquisas vêm comprovando que o consumo de álcool com energéticos pode estimular o alcoolismo, dar mais disposição para beber (a pessoa fica mais tempo em uma balada ou bar bebendo, por exemplo) e tornar o indivíduo mais suscetível aos problemas relativos ao consumo de álcool (machucam-se mais ou sofrem mais acidentes, necessitam de ajuda médica ou enfrentam problemas sexuais).

Alexandre Clemente Chame, de 36 anos, percebeu alguns desses sintomas após abusar na dose de energéticos em uma casa noturna. "Não costumo beber destilado, mas como meus amigos tinham comprado uma garrafa, resolvi tomar a bebida com energético para acompanhar. Percebi principalmente que fiquei até mais tarde na balada, costumo ir embora mais cedo, e acabei esticando até umas cinco da manhã. Daí bebi bem mais que de costume. No dia seguinte, a ressaca foi pior. Na hora até pensei: ´esse negócio´ ajuda a não bater o carro na volta porque eu parecia estar mais desperto, mas depois percebi que poderia ter sido até pior, pois eu achava que estava normal para dirigir".

Um dos maiores riscos dessa combinação é realmente o de mascarar os sintomas. De acordo com a psicoterapeuta Ilana Pinsky, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não sentir os efeitos do álcool pode parecer bom, mas não é. É uma maneira de tapear o que o corpo está sentindo. "A pessoa não fica tão bem quanto pode pensar, pode dirigir de maneira arriscada, e os órgãos do corpo são afetados da mesma maneira, ela sentindo ou não".

Advertências

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a venda de energéticos é autorizada no Brasil desde 1998, após a avaliação da agência sobre a segurança dos produtos. "Não existe nenhuma proibição quanto a comercialização dessas bebidas por parte da Comunidade Europeia e as mesmas estão dispensadas de registro na Anvisa".

O que diz o fabricante
O fabricante de um dos energéticos mais populares do mercado, o Red Bull, diz que, "em relação ao uso associado ao álcool, não há nenhum indício de que o Red Bull® Energy Drink tenha qualquer efeito (positivo ou negativo) associado ao seu consumo. Isto foi confirmado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), em comunicado de 2009, que concluiu não haver interação entre a taurina, a glucoronolactona, a cafeína e o álcool, mesmo durante atividade física".

A empresa também alega que um consumo moderado de cafeína (menos de 400 mg por dia, o que equivalente a 5 latinhas do energético) não afeta negativamente a saúde cardiovascular. E completa: "o Red Bull® Energy Drink é vendido em mais de 160 países porque autoridades de saúde do mundo todo concluíram que o mesmo é de consumo seguro".
No entanto, há requisitos específicos de composição: taurina: máximo 400 mg/100 ml; cafeína: máximo 35 mg/100 ml; álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml; inositol: máximo 20 mg/100 ml; clucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml.

Além disso, as embalagens devem conter obrigatoriamente as seguintes advertências, em destaque e em negrito: "Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto" e "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica".

Segundo a Anvisa, os primeiros alertas se devem ao fato de o produto ter uma "elevada quantidade de cafeína em sua formulação". Já a restrição à associação com álcool é feita, pois "pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez (tem a percepção de que não está bêbado, mas os efeitos deletérios do consumo de álcool sobre a coordenação motora continuam)".

Mais vulneráveis

O cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb fecha a questão dizendo que o problema está no uso indiscriminado dos energéticos sem que se saiba dos riscos. "As pessoas não costumam ler os rótulos e, se não tivesse qualquer tipo de perigo, não teriam advertências nas embalagens dos produtos. O risco maior está na dose, principalmente para quem tem sensibilidade à cafeína ou predisposição às arritmias ou faz parte do grupo citado nas embalagens (crianças, idosos, nutrizes, grávidas, com problemas de saúde)".

Ghorayeb alerta para as pessoas ficarem atentas a sinais de maior sensibilidade, como palidez, aceleração do coração, aumento da pressão, etc.. "A intoxicação por cafeína é manifestada pela presença de ansiedade, insônia, desconforto no estômago, tremores, taquicardia, agitação e até raros casos de morte foram descritos na Austrália, Irlanda e Suécia", acrescenta Vacanti.

"Enganar" o sono

Para os pais, Ilana Pinsky recomenda que a informação é a maior arma contra o problema. "É essencial conhecer o que é energético, suas propriedades, o que é considerado um excesso de consumo. E conversar com os filhos sobre isso, informar-se primeiro para depois informar o filho", aconselha a psicoterapeuta.

Ilana completa explicando que faz parte da característica da nossa sociedade tentar burlar o que estamos sentindo e se faz isso de uma maneira excessiva, o tempo todo, e não só na questão do álcool. Talvez esta também possa ser a explicação para o consumo crescente de energéticos, uma busca por "enganar" o sono, a timidez (no caso da associação com o álcool) e o corpo, prolongando a sensação de diversão na balada ou a malhação na academia.

Mas é preciso lembrar que o preço pode ser caro demais. Recentemente, pediatras americanos anunciaram que, nos últimos anos, já foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. E já que essa associação é prática comum e permitida, por enquanto não há outro jeito: quem deve ficar alerta e moderar na dose é o consumidor!
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tabagismo prejudica o tratamento do lúpus e da artrite reumatóide

clicRBS
Estudos incentivam médicos a recomendarem com vigor que pacientes parem de fumar.

O tabagismo é apontado, atualmente, como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os fumantes correm um risco muito maior do que os não-fumantes de adoecer por câncer e outras doenças crônicas.

Três estudos recentes mostram ainda ligações entre o tabagismo e um tratamento menos eficaz da artrite reumatóide, bem como uma maior atividade do lúpus, adicionando itens à lista aparentemente interminável de riscos à saúde relacionados ao ato de fumar.

A artrite reumatóide é uma doença crônica que causa dor, rigidez, inchaço e limitação dos movimentos e da função de múltiplas articulações. Segundo o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares, pesquisas anteriores já haviam demonstrado que o tabagismo é um fator de risco para o aparecimento da artrite reumatóide, mas nestas o foco foi o papel do cigarro no desenvolvimento da doença e na resposta ao seu tratamento.

- A importância deste estudo é o fato de que o tabagismo e o estilo de vida foram analisados, antes do início da doença, confirmando que o ato de fumar é um fator de risco para artrite reumatóide, além de fornecer informações adicionais sobre o impacto do tabagismo sobre os mecanismos de desencadeamento da doença - diz Lanzotti.

Analisando o ato de fumar, os pesquisadores descobriram ainda que o tabagismo está associado com a não-resposta para o tratamento da doença com o uso de metotrexato e de terapia anti-TNF.

Tabagismo e lúpus

Outro estudo concluiu como o tabagismo pode estar associado com a maior atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), bem como a maiores danos aos órgãos de pessoas com a doença.

O lúpus é uma doença inflamatória crônica que pode afetar a pele, as articulações, os rins, os pulmões, o sistema nervoso e outros órgãos do corpo.

- Os sintomas mais comuns incluem erupções na pele e o aparecimento de artrite, freqüentemente acompanhada de fadiga e febre. A doença acomete principalmente mulheres, entre vinte e trinta anos, em idade fértil - afirma o reumatologista.

Segundo a pesquisa apontada por Lanzotti, os fumantes que apresentaram mais atividade da doença possuem mais edemas e dores em mais de duas articulações, bem como uma menor resposta imunológica. Além disso, entre os fumantes, mais pacientes apresentam problemas de pele irreversíveis relacionados ao lúpus.

- O estudo incentiva reumatologistas a recomendarem com vigor que os pacientes lúpicos parem de fumar - alerta o médico.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Brasil é o maior consumidor sul-americano de drogas, aponta relatório do Departamento de Estado dos EUA

Época Online
País conquistou a primeira posição este ano. Na região dos países do Mercosul há um grande fluxo de drogas em trânsito, aquelas que têm como destino final ou a Europa, ou os EUA ou ainda a África.

O Brasil se transformou no maior consumidor sul-americano de drogas, segundo informou nesta quinta-feira (3) o Departamento de Estado dos Estados Unidos em relatório sobre a "Estratégia para o Controle Internacional de Narcóticos". O documento é publicado anualmente e traz informações sobre os países que ajudam os EUA a combater o narcotráfico. Na América do Sul, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai seguem sendo países estratégicos na distribuição de drogas com destino à Europa e América do Norte.

Segundo o documento, a grandeza do país e a extensa costa do Brasil “o transformam em uma rota de passagem inevitável para o contrabando de narcóticos rumo a Europa, África e, em menor quantidade, aos Estados Unidos”. O relatório aponta ainda que com tanta droga passando pelo país, o consumo aumentou consideravelmente, e que segue crescendo.

Outro relatório, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que o país já tem 900 mil consumidores de cocaína. Para os EUA, além de consumir, o Brasil também está se transformando em um grande fornecedor de compostos químicos para a produção da droga, além de contribuir para o tráfico ao não fiscalizar o trânsito de pequenos aviões da Colômbia e Peru - reconhecidos mercados produtores da cocaína.

Sobre a maconha, o relatório afirma que embora já se cultive a planta no nordeste do país, o Paraguai continua sendo o maior fornecedor da droga. E a cocaína que chega ao mercado brasileiro vem, principalmente, da Bolívia, Peru e Colômbia em aviões de passagem, com destino final aos mercados europeu, norte-americano ou africano.

Outra importante rota da droga no continente é a Argentina, que apesar de não ser grande produtor de cocaína transformou-se rapidamente no segundo maior mercado consumidor da droga. Só no ano passado, a Administração de Controle de Drogas (DEA na sigla em inglês) calcula que tenham passaram pela Argentina cerca de 70 toneladas de cocaína destinadas, majoritariamente, à Europa.

O Chile, segundo o relatório, também não é um grande produtor de drogas ilegais, mas é "um importante país de passagem para os embarques de cocaína andina com destino à Europa, e algumas fontes assinalam que para envios aos Estados Unidos também".

Ainda na região do Mercosul, Uruguai e Paraguai também preocupam as autoridades norte-americanas. No ano passado, o Governo dos Estados Unidos tirou o Paraguai da lista dos maiores produtores e lugares de passagem de drogas ilegais, mas o país ainda é um importante fornecedor de maconha para os sul-americano. Já o Uruguai não é grande produtor de drogas, mas tem atraído os traficantes “pela estratégica posição marítima do país”, que faz fronteira com Argentina e Brasil.

Também preocupa o aumento no consumo da pasta base de coca em toda a região. "O consumo local do produto da base da cocaína, barato e altamente aditivo, conhecido como ´pasta base´, continua sendo um problema", acrescenta o documento.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Estudo relaciona consumo de maconha e transtornos psicóticos na juventude

Usuários de maconha têm maior risco de distúrbios psicóticos
Os adolescentes e jovens adultos que consomem maconha são mais propensos a sofrer de trastornos psicóticos que os que não usam a droga, afirma um estudo publicado no British Medical Journal.

Cientistas alemães e holandeses, assim como especialistas do Instituto de Psiquiatria de Londres, acompanharam 1.900 pessoas com idades entre 14 e 24 anos durante oito anos.

O estudo evidenciou que aqueles que começaram a consumir maconha depois do início do acompanhamento e os que já usavam a droga eram mais propensos a sofrir de trastornos psicóticos que os que nunca consumiram a cannabis.

"O consumo de maconha é um fator de risco para o desenvolvimento de sintomas psicóticos", afirmam os cientista.

"Este estudo acrescenta informação adicional à evidência já solidamente estabelecida de que o consumo contínuo de maconha aumenta o risco de sintomas e doenças psicóticas", afirmou Robin Murray, professor de pesquisa psiquiátrica no instituto londrino.
Autor: Terra
OBID Fonte: Terra

Mulheres são mais sensíveis ao álcool e as drogas do que os homens

Elas sofrem mais danos físicos do que o sexo masculino.

O corpo da mulher é muito mais sensível aos excessos de álcool e drogas do que o do homem. A explicação para isso é simples. O corpo das mulheres tem menos água do que os homens. Nelas, o álcool não dilui tanto e é mais absorvido pelo sangue. Assim, as mulheres sofrem mais danos físicos do que os homens mesmo quando bebem uma quantidade igual de bebida.

Além disso, dizem os especialistas, as mulheres metabolizam o álcool de forma menos eficiente do que os homens. Conforme envelhecem, seu processo de metabolizar o álcool torna-se menos eficiente.

A intoxicação por álcool ou drogas altera o pensamento e leva as mulheres a um comportamento de risco. Segundo uma pesquisa americana, 60% das mulheres que estiveram sob a influência do álcool ou das drogas adquiriram uma doença sexualmente transmitida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

terça-feira, 1 de março de 2011

Utilização frequente do narguilé por jovens preocupa profissionais da área de saúde

Pneumologista alerta que a fumaça inalada em uma sessão de narguilé corresponde à inalação de 100 a 200 cigarros.

A Secretaria de Estado da Saúde realizou pesquisa entre jovens paulistanos para verificar quantos são adeptos do narguilé, fumo de origem oriental. De acordo com o estudo, 37% dos entrevistados, com idade média de 25 anos, declararam ser usuários de narguilé. Conforme o pneumologista Jair Vergílio Júnior, a falsa ideia de segurança ou de que é inócuo tem aumentado o uso do fumo, mas os prejuízos causados à saúde são bem maiores pela alta concentração de substâncias que chegam ao contato com a mucosa da boca e pulmão, entre outros órgãos.

O estudo da Secretaria de Estado da Saúde, realizado no decorrer de 2010 com entrevistas de 932 fumantes, constatou ainda que 96% dos consumidores de narguilé também são adeptos do cigarro de cravo. O estudo revela que metade dos entrevistados apresentou níveis preocupantes da presença de carbono no ar expirado, sendo uma média de 2,3 vezes a mais do que o máximo aceitável.

O narguilé é um cachimbo de água utilizado para fumar em que o princípio do funcionamento é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em países do Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Mas o pneumologista alerta que estudos apontam que há fatores de risco.

“Geralmente 50 tragadas são suficientes para viciar, devido à nicotina, que causa a sensação de bem-estar. E estudos têm contrariado a crença de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornado-o menos nocivo que o cigarro. De uma forma geral, como a fumaça do narguilé, em uma única sessão, dura de 20 minutos a uma hora, isso corresponde à inalação de 100 a 200 cigarros”, pontua o médico.

Vergílio Jr. observa ainda que, pelo fato da fumaça ser melhor tolerada pela umidade causada pela água, faz com que o volume aspirado seja bem maior, e com ele uma quantidade também superior de toxinas. Dessa forma, o narguilé se torna um grande fator de risco às doenças do tabaco, como o câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e doenças infecciosas, como a tuberculose, hepatite, herpes e diversas outras.

“É preciso lembrar que muitos jovens acabam ainda trocando a água do narguilé por bebida alcoólica e utilizando maconha ou crack adicionados ou no lugar do tabaco”, alerta novamente.

Há outra observação feita pelo pneumologista refere-se ao cigarro de cravo. Ele aponta que esse tipo de cigarro não é uma opção mais natural, como algumas pessoas possam pensar, e sim uma estratégia de marketing da indústria do tabaco visando ampliar o mercado.

“Os constituintes do cravo também são tóxicos e sua toxina aumenta 1.500 vezes quando esses componentes são inalados, e a sensação de frescor permite a inalação de quantidades maiores de fumaça. E já existem estudos mostrando maior incidência de câncer nesses usuários. O cigarro de cravo, embora ilegal nos EUA, pode ser encontrado livremente nos estabelecimentos comerciais do Brasil”, observa.

O médico afirma que o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a venda de qualquer produto do tabaco para adolescentes.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Fumo chega a 13% dos idosos, que sofrem para largar cigarro

R7
Estudo mostra que prevalência é maior entre os homens do que entre mulheres.

O aposentado Lacy Barcellos tem 74 anos de vida e 64 de cigarro. Ele começou a fumar aos dez anos de idade.

- Por incrível que pareça, nunca me faltou um maço de cigarros no bolso.

Assim como Barcellos, Maria Tereza Oliveira Silva, de 62 anos, tem a companhia do cigarro há várias décadas. Ela começou a fumar aos 16.

- Antigamente era chique fumar.

Maria Tereza e Barcellos são o retrato de um grupo que convive com o hábito há muitas décadas: eles viveram um período de glamourização do cigarro, quando não havia campanhas antitabagismo, e, atualmente, são mais resistentes a parar de fumar.

O hábito dos idosos fumantes e as tentativas de largar o vício foram pesquisados por cientistas brasileiros, que fizeram uma revisão de 48 estudos sobre o tabagismo em várias partes do mundo. Eles descobriram que 13,5% dos idosos têm o hábito de fumar.

O estudo foi feito por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O número total de idosos avaliados foi de 140.058, de países como Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, Rússia, Estados, Índia, Hong Kong, Japão e China.

O levantamento mostrou também que a prevalência de tabagismo em idosos é maior entre os homens (22,5%) do que entre as mulheres (8,7%).

Ainda que os pesquisadores tenham destacado que “as conclusões não representam um padrão mundial”, um dos autores do estudo, Sergio Luís Blay, do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, afirma que o resultado mostra “taxas relativamente altas” do fumo em idosos.

A explicação para isso, segundo Blay e outros especialistas consultados pelo R7, é que as pessoas mais velhas viveram o período em que o cigarro era bastante glamourizado e o hábito era até incentivado.

Em sua terceira tentativa de parar, Maria Tereza diminuiu o consumo para um maço por dia – antes chegava a fumar um maço e meio. Ela conta que a imagem atual do cigarro é muito diferente da antiga.

- Hoje há vários lugares onde fumar é proibido. Mesmo que saia ali fora, você fica com vergonha de fumar.

Resistência

Pelo fato de já serem fumantes há muitas décadas e por terem vivido esse período de valorização do cigarro, os idosos costumam ser mais resistentes na hora de parar de fumar.

De acordo com a coordenadora do município de São Paulo do Programa Nacional de Controle do Tabaco, Darlene Dias da Silva Pinto, muitos desses pacientes acreditam que não conseguem mais abandonar o vício.

- Esse paciente já está resignado, não quer se estressar. Muitos deles pensam assim: “Cheguei até aqui fumando e estou vivo. Por que vou parar agora?”.

Segundo Sabrina Presman, coordenadora dos Programas de Controle do Tabagismo da cidade do Rio, os idosos afirmam que não vale a pena parar de fumar em uma idade avançada porque imaginam que largar o vício não faz diferença para a saúde.

- Mas um dia a menos de cigarro já é suficiente para trazer benefícios.

É por esse motivo que Barcellos está tentando, pela quarta vez, largar o vício. Por causa dos “14 a 16” cigarros por dia, ele fica cansado quando faz algum esforço.

- Uma carrerinha (corridinha) de cem metros já acelera minha respiração. Pra viver mais uns 15 anos, preciso parar de fumar.

Pare de fumar

Não importa a idade: largar o cigarro traz benefícios imediatos, ainda mais para quem fuma há muito tempo.

Ao parar de fumar nessa idade, a pessoa consegue diminuir os sintomas clínicos do tabagismo, como a tosse, a expectoração e a falta de ar, segundo o pneumologista Walter Fuentes, do Hospital Leforte, em São Paulo.

- Clinicamente ele se sente melhor. Sua qualidade de vida melhora. O paladar também melhora e ele acaba comendo mais porque sente mais o sabor da comida.

Outras doenças crônicas também ficam mais fáceis de ser controladas, de acordo com o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, presidente da comissão de tabagismo da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia).

- Se a pessoa tem pressão alta e o único fator de risco é o tabagismo, ao parar de fumar ela consegue estabilizar a pressão arterial.

No entanto, os problemas crônicos diretamente relacionados ao tabagismo dificilmente serão revertidos. Essas doenças são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, causadas pela inflamação das vias aéreas, além do câncer no pulmão, na boca e na laringe.

Para que os benefícios e as chances de controlar essas doenças sejam maiores, é importante parar de fumar o quanto antes, dizem os especialistas. Isso porque o hábito de fumar é ainda mais preocupante em idosos.

Santos afirma que existem duas razões principais para isso: primeiro porque o idoso passou mais tempo exposto aos efeitos do cigarro. Segundo porque o organismo dele já está mais fragilizado às complicações do tabagismo.

- O idoso é mais vulnerável aos malefícios trazidos pelo cigarro do que o adulto jovem.

O cigarro também pode causar alguns problemas digestivos, como gastrite.

Diante desse cenário, a primeira dica é procurar uma unidade de saúde que auxilie no tratamento do tabagismo. Segundo Santos, “hoje existe muitos medicamentos e estratégias que faz o indivíduo parar de fumar sem grande sofrimento”.

Barcellos já marcou a data em que vai se livrar do cigarro. Isso vai ocorrer quando voltar de uma viagem ao interior de São Paulo, dentro de 15 dias.

- O problema de deixar é a irritação e ansiedade. Mas com alguém te ajudando fica mais fácil parar de fumar.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)