terça-feira, 28 de junho de 2011

Tabaco causa 200 mil mortes por ano no País, diz diretor da Anvisa

Câmara dos Deputados
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Agenor Alvares da Silva afirmou ontem (21), que o tabaco é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“O cigarro é o único produto legal que mata exatamente de acordo com as instruções do fabricante”, disse.

José Agenor informou que a Anvisa fez recentemente duas consultas públicas sobre o tema (a de número 112, que proíbe aditivos nos cigarros; e a 117, com restrições à publicidade), a fim de diminuir a atratividade do produto principalmente entre os adolescentes.

O diretor lembrou, no entanto, que a indústria utiliza estratégias – como lobby político, intimidações em processos judiciais e filantropia – para tentar fugir das regulamentações.

José Agenor participa de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família sobre o combate ao tabagismo. O debate ocorre no Plenário 7.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Adulteração em 70% da cocaína causa necropsia da pele, alertam médicos

Novo relatório aponta que uma droga veterinária que provoca graves reações cutâneas está presente em 70% da cocaína. O artigo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology alerta para uma potencial nova epidemia de saúde pública.

No estudo, seis pacientes, depois de fumar ou cheirar cocaína, desenvolveram manchas roxas de pele necrosada nas orelhas, nariz, bochechas e outras partes do corpo, além de, em alguns casos, sofrerem cicatrizes.

Médicos já haviam reportado dois casos semelhantes. Outros relatos informam que usuários de cocaína contaminada desenvolveram uma doença relacionada ao sistema imune que mata de 7 a 10% dos pacientes.

O Departamento de Justiça dos EUA acredita que até 70% da cocaína do país esteja contaminada com a droga levamisole, que é barata, amplamente disponível e geralmente utilizada para a combater parasitas em animais.

A levamisole já foi prescrita para seres humanos, mas foi desaconselhada exatamente por causar efeitos colaterais semelhantes aos encontrados nos usuários de cocaína.

"Acreditamos que estes casos de reações na pele e de doenças ligadas à cocaína contaminada são apenas a ponta do iceberg de um problema iminente à saúde pública representada pelo levamisole", disse Noah Craft, pesquisador principal do Los Biomedical Research Institute em Harbor-UCLA Medical Center (LA BioMed) e autor do relatório.

"Publicamos este relatório para educar o público para os riscos adicionais associados com o uso de cocaína e para aumentar a consciência entre os médicos que podem ver pacientes com estas reações cutâneas que são uma pista para a causa subjacente da doença. Esta reação pode ser confundida como uma doença auto-imune chamada vasculite, então, é importante para os médicos saberem sobre esta nova doença”, completa Craft.
Autor:
OBID Fonte: UOL Ciência e Saúde

Maconha aumenta o risco de psicose, diz pesquisa

BBC Brasil
Pesquisa foi realizada ao longo de dez anos entre 1923 pessoas

Pessoas que consumiram maconha na adolescência ou no início da vida adulta enfrentam maior risco de apresentar sintomas de psciose mais tarde, afirma um estudo recém-divulgado.

A pesquisa, realizada pelo professor Jim van Os, da Universidade de Maastricht, da Holanda, foi feita na Alemanha, e contou ainda com pesquisadores da Suíça e da Grã-Bretanha.

A psicose é uma desordem mental na qual o indivíduo perde o contato com a realidade.

O estudo, publicado na revista especializada British Medical Journal, acompanhou um total de 1.923 pessoas ao longo de um período de dez anos.

Apesar de as relações entre maconha e psicose já serem conhecidas, ainda não estava claro se era a maconha que desencadeava os sintomas dessa condição ou se as pessoas se sentem propensas a consumir a droga devido a seus sintomas. A pesquisa indica que a primeira hipótese é a mais provável.

Estudo

Os participantes da pesquisa tinham entre 14 e 24 anos. Eles foram avaliados em períodos distintos para aferir possíveis relações entre o uso de maconha e de manifestações de sintomas psicóticos.

O primeiro período estudado foi feito três anos após o início da pesquisa. A segunda amostragem ocorreu oito anos depois que a pesquisa começou. E a conclusão ocorreu dez anos após o começo do estudo.

Os pesquisadores colocaram os que já fumavam maconha em um grupo e excluíram os que apresentavam um quadro pré-existente de psicose, para que pudessem melhor estabelecer as ligações entre novos usuários de maconha e a apresentação de sintomas da doença.

A pesquisa também teria mostrado que aqueles que já fumavam maconha na época do começo da pesquisa enfrentariam riscos mais elevados de apresentar sintomas psicóticos persistentes.

Aumento

O estudo concluiu que o uso de maconha aumenta ´significativamente´ a incidência de sintomas psicóticos, mesmo quando outros fatores, como situação sócio-econômica, o uso de outras drogas e de condições psiquiátricas estão em jogo.

Além de afiramrem que o uso da maconha +e um fator de risco para o desenvolvimento de sintomas psicóticos, os cientistas envolvidos com a pesquisa disseram também que ´o uso repetido de maconha pode aumentar o risco de sofrer desordens psicóticas por ter impacto na persistência dos sintomas´

De acordo com Robin Murray, professor de pesquisa psiquiátrica do Instituto de Psiquiatria da Grã-Bretanha, a pesquisa representa ´mais um tijolo no muro de provas´, de que o uso da maconha contribui para formas de psicoses como a esquizofrenia.

Segundo Murray, a pesquisa é um dos dez estudos similares que apontam nessa mesma direção.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Veja possíveis consequências da mistura de álcool com remédios

Folha Online
Por precaução, a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios.

Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais.

Segundo Patricia Moriel, professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica, apenas 17% dos remédios podem causar danos ao ser consumidos com álcool. Desse total, 15% podem causar interações graves, com risco de morte.

O problema, diz a também farmacêutica Amouni Mourad, é que há remédios que interagem com álcool nas principais classes de drogas, e cada organismo reage de forma diferente à mistura.

"Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos", afirma Mourad, que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.

Segundo um estudo italiano de 2002, com 22.778 adultos, o uso moderado de álcool está associado ao aumento de 24% no risco de reações adversas a medicamentos.

Os efeitos foram mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Os mais comuns foram problemas gastrointestinais, seguidos por complicações hormonais, alergias e arritmias cardíacas.

Para conferir o infográfico das possíveis consequências da mistura, veja abaixo.


ANTIBIÓTICOS

Mesmo assim, os médicos afirmam que o consumo ocasional de bebida e em pequena quantidade (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) traz menos risco de efeitos colaterais com remédios. Incluindo os antibióticos.

"Essa história de que o álcool corta o efeito do antibiótico é lenda. Se você toma o remédio de manhã ou à tarde, não há problema em beber uma dose à noite. O grande risco está no exagero", diz Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Mas, segundo Arthur Guerra, psiquiatra do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, não é muito lógico usar a energia do corpo debilitado pela infecção ou inflamação para metabolizar a bebida.

A maioria dos antirretrovirais usados para combater o vírus HIV também não interage com álcool.

"É melhor garantir a adesão ao tratamento do que insistir para o paciente não beber", diz Moriel, da Unicamp.

A combinação mais perigosa do álcool é com antidepressivos e calmantes, que agem no cérebro.

No caso de calmantes benzodiazepínicos, o álcool pode causar insuficiência respiratória e aumentar o efeito sedativo e o risco de coma.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Seis efeitos devastadores do oxi

Veja
Droga leva pasta base de cocaína, cal virgem e querosene em sua composição

O oxi, nova droga que está se espalhando pelo Brasil, é ainda mais nociva que o crack. Por sua aparência amarronzada, já foi definida como ‘rapadura do diabo’. Sua composição, que leva cal virgem e até querosene, dá uma ideia do poder devastador e tóxico que possui.

"Ainda não deu tempo de avaliar o real efeito nocivo da droga, contudo, sabe-se que é intenso", diz o psiquiatra Thiago Fidalgo, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes do Departamento de Psiquiatria (PROAD) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Ambulatório de Dependência Química do Hospital AC Camargo.

Especialistas acreditam que a devastação se inicia um minuto após o consumo. Internamente, a droga devasta o sistema nervoso central, o coração, o pulmão e o fígado. O menor dano causado no dependente é o envelhecimento precoce causado pela perda de colágeno.

"Suas substâncias químicas causam mais dependência com um custo relativamente inferior”, diz Fidalgo, referindo-se ao valor da pedra do oxi, menor que a do crack. A dependência, porém, cobra caro do organismo, causando danos muitas vezes irreversíveis, como problemas cognitivos e até morte súbita.

1- Morte de neurônios

A droga é responsável pela ativação excessiva do sistema nervoso central, o que provoca morte de neurônios. Com o decorrer do consumo, a droga altera as funções psicomotora e cognitiva, causando perda contínua de memória, problemas de concentração, irritação e insônia, além do risco de desencadear transtornos psiquiátricos em pessoas com predisposição.


2- Perda do prazer

A sensação de prazer causada pela droga é tão intensa que resulta no esgotamento temporário da reserva da dopamina - importante neurotransmissor no cérebro responsável, entre outras coisas, pela sensação de prazer. Cada vez que se consome a droga, gera-se adaptação cerebral, com menor ativação dos neurô

3- Acidente Vascular Cerebral

A sensação de prazer causada pela droga é tão intensa que resulta no esgotamento temporário da reserva da dopamina - importante neurotransmissor no cérebro responsável, entre outras coisas, pela sensação de prazer. Cada vez que se consome a droga, gera-se adaptação cerebral, com menor ativação dos neurônio

4- Infarto

O risco de AVC (acidente vascular cerebral) é grande entre os dependentes, já que a droga provoca aumento da pressão arterial, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e diminuição do fluxo do sangue cardíaco. Resultado: lesão celular e grande risco de lesão cerebral.

5- Câncer

Aqui tudo começa pela boca. As vias aéreas são lesionas pela fumaça estendendo os problemas pelo sistema respiratório. A exposição ao calor da fumaça pode causar câncer em toda a via aérea.

6- Infecções pulmonares

A fumaça corrosiva leva à destruição do tecido pulmonar. Além disso, as repetidas lesões causadas pelas substâncias químicas deixam as portas abertas para eventuais infecções, aumentando o risco de pneumonia ou mesmo tuberculose.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Fumar maconha todo dia afeta a química do cérebro

R7
Substâncias da erva alteram memória, coordenação, apetite e até o prazer

Exames de imagens mostraram que o uso diário da maconha pode ter um efeito negativo sobre o cérebro. No estudo, os pesquisadores do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas dos Estados Unidos revelou que o uso crônico da droga provocou uma diminuição no número de receptores envolvidos em uma ampla variedade de importantes funções mentais e corporais, incluindo a concentração, coordenação motora, o prazer, a tolerância a dor, memória e apetite.

A maconha, também conhecida como cannabis, é a droga mais usada nos Estados Unidos, de acordo com o instituto. Quando fumada ou ingerida, a droga química psicoativa ativa os inúmeros canabinoides - receptores específicos que captam as substâncias encontradas na maconha - no cérebro e em todo o corpo, que influenciam diferentes estados mentais e ações da pessoa que a usou.

Um dos dois tipos conhecidos de receptores de canabinoides, o chamado CB1, é encontrado no sistema nervoso central.

Para se chegar a esse resultado, os pesquisadores compararam os cérebros de 30 fumantes crônicos de maconha, ou seja, que fumam diariamente, com não-fumantes, ao longo de quatro semanas.

Por meio de imagens dos cérebros dos participantes, os pesquisadores conseguiram visualizar que os receptores CB1 dos fumantes de maconha já haviam diminuído cerca de 20% em comparação com as pessoas saudáveis, explica Jussi Hirvonen, um dos pesquisadores.

- Com este estudo, fomos capazes de mostrar pela primeira vez que as pessoas que abusam da maconha têm anormalidades dos receptores de canabinoides no cérebro.

Ao refazerem os testes com 14 dos fumantes, que passaram por um mês de abstinência, os cientistas encontraram um aumento significativo na atividade do receptor em áreas que estavam deficientes no início do estudo. Com isso, os pesquisadores sugerem que os efeitos adversos do uso crônico de maconha são reversíveis.

- Essa informação pode ser fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o abuso da maconha.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

65% dos moradores de rua vivem sob efeito de drogas

Gazeta Digital
Sessenta e cinco por cento dos moradores de rua que são recolhidos pela Abordagem Solidária estão sob o efeito de algum tipo de droga, seja ela lícita ou ilícita.

Os demais vieram para Cuiabá em busca de oportunidade de trabalho e não encontraram. Dados da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos mostram ainda que 30% deles deixam a casa devido ao consumo de algum tipo de álcool ou entorpecente. O vício faz com que fiquem reféns da rua e se neguem a voltar. Os números apontam ainda que a maioria dos usuários da Abordagem são homens (84,5%) e têm entre 18 e 24 anos.

O secretário Mário Lúcio Guimarães de Jesus conta que as pessoas costumam conseguir dinheiro com pequenos trabalhos braçais, serviço de flanelinhas e esmola. Cerca de 19% das pessoas recolhidas chegam a ter uma renda diária de R$ 150. Isto representa uma remuneração mensal de R$ 4,5 mil ao mês. O dinheiro acaba empregado na compra de drogas e bebidas alcoólicas.

Muitos fogem das equipes e recusam a ajuda. Lúcio diz que eles sabem que na casa não é permitido o consumo de álcool e nem de drogas. Então, preferem ficar livres nas ruas. Ele argumenta que existe casos nos quais as pessoas pedem auxílio médico, mas a única alternativa dos servidores da Abordagem é encaminhar para o Hospital Adauto Botelho, que faz a desintoxicação e, em seguida, deixa a pessoa exposta aos riscos e tentações das ruas.

Sem estrutura - Na casa da Abordagem, que fica na estrada de acesso ao Distrito de Nossa Senhora da Guia, as pessoas recolhidas ficam em uma estrutura física caótica e, muitas vezes, falta até mesmo alimento, confessa o secretário. Ele argumenta que existem dificuldades nas aquisições e o ideal seria fechar o espaço. O problema é que não tem outra área em condições de receber os moradores de forma imediata.

O primeiro passo de atendimento é fazer a higienização dos moradores. Alguns estão semanas sem tomar banho, fazer barba e cortar cabelo. Eles recebem roupas limpas e, em seguida, começa o trabalho de pesquisa e busca.

Os assistentes sociais querem saber a história de cada um e se têm contato com a família. O Município oferece passagem para eles retornarem ao lar.

Sonhadores - Muitas pessoas buscam um sonho em Cuiabá. Elas querem emprego e oportunidade e acabam encontrando o abandono.

O pedreiro, carpinteiro e profissional de reciclagem Vanderlei Ferreira Bento, 35, é um deles. Hoje ele "mora" às margens da avenida das Torres, nas proximidades do acesso à avenida Dante Martins de Oliveira.

Duas vigas de madeira e uma telha de amianto são a estrutura da moradia. Ele relata que veio de Barra do Bugres (168 km a médio-norte de Cuiabá), onde trabalhava com reciclagem. A atividade era desenvolvida com o irmão e, depois de uma briga, resolveu vir para Cuiabá. Ele não tinha documentos porque os perdeu em uma pescaria.

Sem identificação, não tinha como pegar um ônibus e usou a "cara e a coragem" para pegar carona de Barra do Bugres até Cuiabá. Chegando na cidade, não achou trabalho, ficou sem dinheiro e não tinha local para morar. Ele viu um lixão à margem da avenida e resolveu fazer um acampamento para aproveitar os materiais depositados.

Como ninguém falou nada, continuou no local e foi melhorando a "habitação" com as coisas que retirava do lixo, como resto de sofá e lençol.

Vanderlei não tem onde cozinhar e depende da comida que é oferecida pelas pessoas que passam pelo local. O banho é com água de um posto de gasolina. "Eu quero ter uma casa e um trabalho. Só isto".

Histórias como a de Vanderlei são comuns na Abordagem Solidária. Mário Lúcio diz que os relatos são surpreendentes e mostram o que as pessoas são capazes de fazer em busca de um sonho.

Ele conta que uma mulher e uma criança foram encontradas na rua. Quando chegaram na abordagem, a mãe informou que era de Rio Branco (AC), procurava emprego, porém não achou. Os servidores ofereceram o transporte de volta para a casa dela, mas a mulher não quis. O objetivo dela era juntar dinheiro em Cuiabá e depois ir até São Paulo e ver o apresentador Gugu Liberato e conseguir uma casa. "Quando perguntei se tinha alguma coisa marcada, ela disse que não. Fiquei impressionado. Ela foi embora afirmando que não queria passagem para voltar para casa".

Projeto - Uma nova casa da Abordagem Solidária será inaugurada na avenida das Torres. O secretário informou que a estrutura é uma parceria entre Estado e Município. Ele acredita que até o final do mês de julho estará em funcionamento.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Segundo pesquisa cigarros contrabandeados contêm fungos, bactérias e insetos

Uma pesquisa mostrou que os cigarros produzidos no Paraguai contêm cerca de 30% de bactérias a mais do que é permitido pela vigilância sanitária. Pedaços de insetos e fungos também compõem os produtos que são contrabandeados para o Brasil. O levantamento foi feito pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

O principal atrativo para os cigarros que vêm do Paraguai é o preço. O maço contrabandeado custa em média 25% a menos do que o brasileiro, porque não paga impostos. Além do prejuízo ao Governo do Brasil, isso se transforma em gastos para o sistema público de saúde, porque aumenta as chances de que o fumante se torne um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação estima que a cada cigarro apreendido, 10 atravessam a fronteira clandestinamente.
Autor:
OBID Fonte: 24 HORAS NEWS ONLINE

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uso de anabolizantes chega a 20,6%

Uma pesquisa realizada no Departamento de Fisiologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), revela que 20,6% dos jovens que frequentam academias de ginástica e musculação na capital usam ou já usaram comprimidos anabolizantes. A média de idade destes jovens é de 18 anos que praticam academias principalmente na zona Sul e na zona Norte de João Pessoa. A pesquisa foi realizada pelo Grupo de Pesquisa sobre Recursos Ergogênicos, coordenado pela professora Phd., Raquel Linka.

Drogas utilizadas para potencializar rendimento muscular podem provocar lesões no corpo e levar até à morte

Foram distribuídos 510 questionários em 52 das 102 academias existentes em João Pessoa com perguntas a respeito do uso de esteróides anabolizantes e complexo vitamínico de uso veterinário (ADE) e óleo mineral. Os resultados surpreenderam os pesquisadores. Ulival Magno, professor de educação física e proprietário de uma academia, integrante do grupo que realizou a pesquisa, informou que os problemas causados pelo uso desses remédios afetam todo o sistema corporal e psicológico. Dentre os entrevistados, 60% confirmaram dores locais; 50% disseram apresentar febre local; 16% constataram incidência de nódulos e furúnculos e 6,7% tem taquicardia. 57% recebem indicações de amigos e 26,7% decidem tomar por conta própria. 11% usavam o ADE, que é injetado diretamente no músculo para aumentá-lo. As drogas mais procuradas são Durateston, Decadurabolin e Winstron.

Os comprimidos usados por pessoas que querem obter um aumento rápido da massa muscular são vendidos legalmente nas farmácias, com receitas médicas que ficam retidas (receita azul). De acordo com Sérgio Brindeiro, da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), a complicação está no mercado paralelo, onde ele pode ser adquirido facilmente por qualquer pessoa. "O desafio de todos é justamente localizar esses medicamentos e a forma como são comercializados", reconheceu.

A fiscalização das ocorrências no município é de responsabilidade da Agência de Vigilância Sanitária (AVS). De acordo com a fiscal Raquel de Queiroz, a academia pode ser autuada se for constatada a comercialização. Em caso de infração, a multa varia de R$300 a R$ 50 mil. Andréa Targino, consultora jurídica da AVS, informou que não há lei que impeça a utilização dos medicamentos. "A legislação estadual determina que as academias deixem à vista informações com orientações sobre o uso dos esteróides. Esta é a melhor maneira para se combater o problema: educação".

A promotora de Justiça dos Direitos da Saúde de João Pessoa, Maria das Graças Azevedo, está incentivando a criação de uma campanha ampla com a finalidade de instruir os jovens dos males do uso de anabolizantes. Estão convocados para o esforço os proprietários de academias, secretarias municipais de Educação e Saúde, Secretaria Estadual de Esporte e Conselho Regional de Educação Física. Nos próximos dias será marcada uma reunião para que as ações sejam definidas. A população pode ligar para o disque denúncia da Agevisa: 3281 5933 ou para o número gratuito da Agência de Vigilância Sanitária de João Pessoa 08000 281 4020.
Autor: Editoria Dia-a Dia
OBID Fonte: O Norte

“Não existe droga segura. Nem a maconha”

A diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas afirma que nem mesmo a maconha nem muito menos a DMT, presente no chá do Santo Daime, podem ser consideradas inofensivas

“Há quem veja a maconha
como uma droga inofensiva.
Trata-se de um erro.
Comprovadamente, ela tem
efeitos bastante danosos”

A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.

Há dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico? Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.

Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável? Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.

Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente “segura”. Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde? Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.

E a maconha? Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.

Alcoolismo na adolescência persiste na vida adulta

Pesquisa divulgada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) aponta que metade dos homens que faziam uso pesado de álcool na juventude permanece com hábito no início da idade adulta. Esta constatação faz parte dos resultados apresentados pela pesquisa sobre o comportamento de beber pesado divulgada pela organização não governamental e uma das principais fontes de dados sobre o tema no país.

A pesquisa revela, que aqueles que descobriram as bebidas alcoólicas antes dos 15 e também entre 15 e 17 anos eram mais propensos a desenvolver problemas de alcoolismo do que os que esperaram até os 18 para começar a beber. Os resultados mostraram que o aumento de risco de desenvolver o alcoolismo era quase 50% maior nos jovens que se iniciavam no álcool antes dos 18 anos de idade.

Os cientistas acreditam que a ingestão de grandes quantidades de álcool em idades precoces pode levar a alterações nas funções cerebrais que poderiam favorecer a busca de prazeres imediatos obtidos com o consumo exagerado de álcool, não se preocupando com os futuros riscos. Os pesquisadores ligados aos institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos acreditam que um alerta deve ser levado aos pais e aos educadores. As evidências científicas mostram que as crianças devem ser protegidas do contato com o álcool antes dos 18 anos.

Esses números ajudam a ilustrar um problema que merece atenção. Mais vulneráveis, os jovens que bebem cada vez mais cedo e com mais freqüência estão expostos não só com problemas de vícios na fase adulta, mas problemas psicológicos, mentais e físicos, como o desenvolvimento de cirrose. A bebida ainda pode abrir caminho para outras drogas.

Segundo o psiquiatra Josemar Honório Barreto, o jovem é mais vulnerável aos efeitos do álcool e o consumo nesta faixa etária pode causar depressão e até levar ao suicídio, deixar o adolescente mais agressivo e o exposto a situações de violência, gravidez não planejada, queda no rendimento escolar, além de provocar alterações cerebrais em longo prazo e acidentes de trânsito. "As consequências negativas deste hábito são graves. É na juventude que o adolescente está formando sua personalidade. No entanto, podem trazer estes efeitos para o início da idade adulta", afirma.

O psiquiatra explica que doenças como a cirrose, normalmente apareciam quando a pessoa tinha aproximadamente 40 anos, hoje estão aparecendo mais cedo. "O jovem é impulsivo e vive o momento sem pensar no futuro", ressalta. Além do mais a mídia condiciona o cérebro a pensar que é impossível se divertir sem a bebida. "O jovem não sai para se divertir, ele sai para se embriagar", conclui Josemar.

Existem alguns pais que levam o adolescente ao alcoolismo. Muitos jovens aprendem a beber com o exemplo dos pais. "Existem pais que já colocam a chupeta do bebê no copo de chopp, não imagina o crime que esta cometendo", completa o médico.

Para o psiquiatra Josemar, a solução seria conscientizar os pais e mudar o conceito de que a bebida traz felicidade, incentivando o jovem a buscar outras fontes de lazer, além de aumentar o ICMS dos bares que vendem bebidas, fiscalizar intensivamente os bares para que não vendam bebidas para menores, fiscalização no trânsito e com toda certeza a proibição de propagandas com incentivo a bebida.

O palestrante e participante dos Alcoólicos Anônimos (A.A), M.S.O, 23 anos, ressalta que começou a beber aos 14 anos por influência de amigos e quando percebeu já estava completamente dependente do álcool, além de estar envolvido com as drogas. "Quando procurei o A.A estava no fundo do poço, assim como muitos jovens que procuram esta instituição. Se tivesse uma outra chance, jamais beberia na minha vida, hoje vivo assim sem dar o primeiro gole", finaliza.

Já o estudante S.A.L, 21 anos, começou a beber com seus 13 anos porque tinha complexo de inferioridade, com o álcool também vieram as drogas. Ele afirma que só começou a participar das reuniões como uma forma de "pagamento" para a Justiça. "Não adianta procurar o A.A se a pessoa não quer mudar, eu quis mudar e faz dois anos que eu não bebo e não uso drogas", ressalta.
Na maioria das vezes, quem procura ajuda no AA é a família do jovem, quando ele já está envolvido com drogas, mas isso está mudando. Cada vez mais jovens, entre 19 à 30 anos, procuram a instituição por decisão própria, como uma forma de ajuda.

O palestrante M.S.O explica que o envolvimento com a bebida tem três fases. A primeira é a da alegria, a segunda é a que afeta o sistema nervoso e, por fim, a que a pessoa chega ao fundo do poço. "Quando está na fase da alegria, o jovem deixa rolar, mas quando já está envolvido demais o jovem procura ajuda", diz.
Para ele, se o governo arrecada impostos com a venda de bebidas, por outro gasta mais dinheiro em saúde no tratamento de alcoólatras, essa tendência pode ser alterada com a proibição de propagandas de bebida e com a conscientização os país.

A conscientização precisa melhorar. Para o grupo Alcoólicos Anônimos (AA), é necessário desenvolver mais campanhas de conscientização dos males da bebida. Essa é a opinião de voluntários do grupo, que não podem se identificar, conforme regra do AA. Eles ainda enfatizam que é necessário que a família seja um referencial para o jovem. Para eles, é fundamental transformar a realidade dessas pessoas.
Autor:
OBID Fonte: A Gazeta

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Com efeito devastador, nova metanfetamina diferente do ecstasy circula em festas

Bom Dia Brasil
A metanfetamina é parecida com o ecstasy, mas os efeitos são piores. Segundo a polícia, a apreensão de metanfetamina não configura tráfico.

Uma nova droga, com efeito parecido com o do ecstasy, está circulando pelas festas em São Paulo: a metanfetamina. É um veneno em forma de comprimido. Um veneno dos mais devastadores. A metanfetamina é derivada da anfetamina, remédio que é usado no tratamento da obesidade e de distúrbios do sono e que é altamente viciante. A repórter Giuliana Girardi conversou com o delegado Clemente Castilhone Filho, do Departamento de Narcóticos de São Paulo. Ele explicou as dificuldades para combater essa droga, que tem efeitos impressionantes e devastadores.

O comprimido com menos de um centímetro já traz uma mensagem de perigo impressa. É uma bomba e o que acontece com quem é usa, é uma explosão. “Euforia extrema, agitação, movimento repetitivos. Parece uma pessoa que está afetada por paranóia. Ela chega a ficar até 30h acordada”, explica o delegado Clemente Castilhone Filho.

A droga conhecida como metanfetamina está seduzindo jovens brasileiros, que chegam a pagar R$ 80 por um comprimido usado geralmente em festas. A polícia de São Paulo já fez sete apreensões de metanfetamina desde março de 2011. Foram retirados de circulação quase dez mil comprimidos.

Em um primeiro momento, os policiais acreditaram que tinham apreendido ecstasy, mas depois das análises em laboratórios descobriram que tinham encontrado uma droga muito pior. A metanfetamina é parecida com o ecstasy, mas os efeitos são mais devastadores.

“Está correndo um grande risco, porque está querendo comprar um veneno e está comprando um veneno 10 vezes pior tanto na neurotoxicidade, tanto na quantidade dos efeitos, na duração dos efeitos, ela é muito pior”, afirma o delegado.

Os Estados Unidos fizeram uma campanha contra o uso da metanfetamina. Foram divulgadas fotos de homens e mulheres antes do consumo e meses depois do vício. “Inicialmente, a gente achou que era um efeito da droga, um efeito químico, fisiológico, mas na verdade é a pessoa que se autoflagela. A gente descobriu pesquisando a literatura de outros países que têm problemas mais antigos com a metanfetamina”, diz o delegado.

“O individuo vai virar um hipertenso, ele pode estar sujeito a acidentes vasculares cerebrais e orgânicos, como, por exemplo, enfarto agudo de miocárdio. Ele pode ter doença do cérebro tipo depressão, síndrome do pânico, a própria psicose, ela pode se tornar crônica em relação ao pulmão ela vai alterar a capacidade pulmonar. Ele pode desenvolver uma doença pulmonar crônica, e assim por diante. Então ela pode ter uma repercussão grave e muitas vezes, até fatal”, afirma a psiquiatra Ana Cecília Marques.

Segundo a polícia, no Brasil a apreensão de metanfetamina não configura tráfico.

“Existe uma portaria do Ministério da Saúde que regulamenta as drogas que são proscritas e as que são controladas. A metanfetamina está na listagem de sujeita à notificação de receita. Então, essa substância pode ser comercializada em determinada circunstância para uso médico. Mas o que tem acontecido é que essa droga é potencializada, modificada sinteticamente em laboratório e é feita essa anfetamina que é comercializada para uso ilegal”, conclui o delegado,

De acordo com as investigações, a droga apreendida no país é produzida em laboratório no exterior. Não está sendo fabricada no Brasil.

Segundo a polícia, a metanfetamina apreendida é produzida em laboratórios no exterior.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Relacionamento amoroso reduz risco de vício em drogas

Ter um relacionamento amoroso feliz e estável pode ser o suficiente para diminuir o risco de se viciar em drogas, segundo um estudo feito com animais e divulgado na edição deste mês da revista especializada "Journal of Neuroscience".

As drogas viciam porque agem em uma área do cérebro conhecida como "sistema de recompensas", que também controla nossa vontade de comer e fazer sexo. Basicamente, esse sistema serve para garantir que nós façamos aquilo que é essencial para nossa sobrevivência. É por isso que sexo e comida dão prazer. As drogas alteram o funcionamento dessa região do cérebro e fazem o organismo sentir que precisa de algo que faz mal.

Os relacionamentos estáveis formados na vida adulta também agem nessa região e podem proteger o cérebro de vícios, acreditam cientistas da Universidade Federal da Flórida, nos Estados Unidos.

No estudo, os pesquisadores analisaram o efeito das anfetaminas no cérebro de exemplares de arganaz-do-campo, um pequeno roedor típico da América do Norte que é monogâmico e forma casais para a vida toda.

De acordo com o estudo, os machos da espécie que tinham uma companheira mostraram menos interesse na droga do que os "solteiros". Seus cérebros liberaram as mesmas quantidades de endorfina, o hormônio do prazer, mas aqueles que não estavam em um "relacionamento" ficaram mais suscetíveis aos efeitos da droga.
Autor:
OBID Fonte: O TEMPO-MG

Jovens entre 18 e 24 anos são os que mais consomem álcool no país

O Diário de Teresópolis
Cerca de 50% dos jovens que consomem álcool com frequência apresentam problemas.

Jovens entre 18 e 24 anos são os que mais consomem álcool no país. De acordo com a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, 9% dessa população bebem mais de cinco doses de álcool em menos de duas horas. Desses, 15% consomem bebidas alcoólicas mais de uma vez por semana. “Nosso grande problema é o exército de jovens entre 18 e 24 anos que bebe desbragadamente. [Esses jovens] Têm uma intensidade de consumo muito alto”, afirmou a secretária, durante audiência pública na Comissão Especial sobre Bebidas Alcoólicas da Câmara dos Deputados.

Segundo Paulina Duarte, 52% dos jovens que consomem álcool com frequência apresentam problemas de saúde, psicológicos e familiares. Desse total, 38% têm problemas físicos, 18% têm problemas familiares e 23% relataram que já se envolveram, pelo menos uma vez, em uma situação de violência. “Essa é a população mais vulnerável no Brasil em relação ao álcool.”

Entre os universitários, o consumo é mais intenso. Nos últimos 12 meses, 76% dos estudantes de ensino superior consumiram bebidas alcoólicas e, nos últimos 30 dias, esse percentual chega a 60%. “A dependência do álcool é uma doença crônica e progressiva, 3% dos jovens estão em altíssimo risco de se tornarem dependentes químicos”, disse a secretária.

Estudos feitos pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) têm apontado que o início do consumo no Brasil tem ocorrido entre os 11 e 13 anos de idade. “Lamentavelmente, grande parte da população informa que teve o primeiro contato com o álcool dentro de casa”, afirmou Paulina Duarte.

Nas escolas públicas e particulares das 27 capitais brasileiras, 42% dos alunos dos ensinos fundamental e médio consumiram bebidas alcoólicas no último ano. “Isso é muito grave. Quase a metade dos estudantes do país [já tomou bebida alcóolica]”.

Para a secretária de Políticas sobre Drogas, a adoção de medidas isoladas não diminui o impacto do consumo de álcool entre a população. “Temos trabalhado, no Brasil, na implantação da política nacional sobre álcool, que prevê modificação da legislação, como já fizemos com a Lei Seca, além do aumento do custo da bebida, da fiscalização e da educação [da sociedade].”

De acordo com o especialista em dependência química, Walter Coutinho, existem 22 milhões de dependentes de álcool no país. Para ele, é necessário investir primeiro na desintoxicação do paciente, para, depois, vir a ajudá-lo psicologicamente.

“O problema dele não é parar de beber, mas a decisão de não voltar a beber. Isso o governo não tem condições de fornecer de maneira alguma. Existem apenas 186 Caps [Centros de Atenção Psicossocial] para esses 22 milhões de pessoas”.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Chá do Santo Daime faz imagem mental se igualar às reais

Efeito da bebida sobre o cérebro é tão forte quanto o de observar uma cena verdadeira, afirma nova pesquisa

Voluntários que usam a droga rotineiramente passaram por exame de ressonância magnética; uso religioso é permitido

Folha de São Paulo - Reinaldo José Lopes
Editor de Ciência

Não é de admirar que os usuários da ayahuasca, chá empregado por grupos religiosos como o Santo Daime, afirmem ter visões. Um novo estudo indica que, no cérebro, a bebida provoca efeitos tão vívidos quanto os de uma imagem externa real.

A pesquisa, já aceita para publicação na revista científica "Human Brain Mapping", foi coordenada por Draulio Barros de Araujo e Sidarta Ribeiro, do recém-criado Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

"Ao aumentar a intensidade de imagens recordadas, fazendo com que atinjam um nível idêntico ao de uma imagem natural, é como se a ayahuasca emprestasse um status de realidade a experiências internas", escrevem.

O fenômeno é resultado do peculiar coquetel bioquímico presente no chá. Para começar, ele é derivado da mistura de duas plantas bem diferentes, o arbusto Psychotria viridis e o cipó Banisteriopis caapi. É a combinação de substâncias nas plantas que leva ao efeito sobre a mente e cria as chamadas "mirações" (visões rituais).

No cérebro, a mistura atua sobre um subgrupo de neurotransmissores, os mensageiros químicos do órgão. A ação desses neurotransmissores fica mais forte e, ao mesmo tempo, menos deles são retirados de circulação depois de certo tempo, o que potencializa ainda mais os seus efeitos sobre o cérebro.

EXAMINADOS
Os pesquisadores da UFRN observaram o resultado disso tudo analisando a atividade cerebral de dez pessoas que usam a ayahuasca com frequência (metade homens e metade mulheres, com idades entre 24 anos e 48 anos).

No aperto do aparelho de ressonância magnética, onde a análise aconteceu, os voluntários tinham, primeiro, de observar imagens normais, de pessoas, animais ou árvores, sem estar sobre o efeito da droga.

Depois, cada um tomou entre 120 ml e 200 ml (um pouco menos que uma latinha de refrigerante) da bebida. Os cientistas esperaram 40 minutos (tempo considerado apropriado para o que o chá faça efeito) e pediram que as pessoas fechassem os olhos e tentassem gerar mentalmente a mesma imagem que tinham v isto antes.

Em parte, o resultado foi o equivalente ao que diz o título do artigo científico da equipe: "Seeing with the eyes shut" (ou seja, vendo com os olhos fechados).

A intensidade desse processo do cérebro, bem como certas áreas ativadas nele, foram equivalentes ao que acontece numa experiência visual de verdade ""um "olho da mente" extremamente ativo, por assim dizer.

Há, no entanto, diferenças. Talvez a mais importante dela tenha a ver com a mudança da rede de interações entre as várias partes do cérebro quando a droga é consumida, o que explica sua ação alteradora da consciência.

No Brasil, o uso da droga é legalizado em contextos religiosos, como os do Santo Daime e da União do Vegetal. Há efeitos colaterais potentes ligados ao uso, como fortes vômitos e diarreia. Também há aumento da pressão arterial.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Fumar aumenta níveis do mau colesterol

Terra
Os malefícios causados pelo hábito de fumar vão muito além dos problemas pulmonares e respiratórios e do aumento do risco de desenvolvimento de câncer.

O fumo também é responsável pelo aumento no índice do mau colesterol, o que por sua vez aumenta chances de aterosclerose, principal causa do infarto, derrame (AVC) e de outras doenças cardiovasculares.

Segundo Hélio Castello, cardiologista diretor da Angiocardio, de São Paulo, o cigarro ocupa lugar entre os principais fatores de risco, ao lado de problemas como obesidade, hipertensão, diabetes, problemas renais, hepáticos, e distúrbios endócrinos (principalmente dos hormônios da tireóide). "Nesses pacientes, há necessidade de realizar o exame de dosagem de colesterol com mais frequência, podendo ser até anualmente", afirmou.

Hoje cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto e, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), aproximadamente 17 milhões de pessoas morrem no mundo devido às doenças do coração, sendo que no Brasil pelo menos 300 mil sofrem infarto anualmente. "Apesar do colesterol ser uma substância necessária, é preciso saber quando ele deixou de ser saudável no organismo e começou a ser elevado", disse Hélio.

Há dois tipos de colesterol, o bom e o ruim. O ruim, conhecido como LDL, ou low density lipoprotein (lipoproteína de baixa densidade), propicia a formação das placas de gordura nos vasos, o que pode levar ao infarto e derrame cerebral. Já o bom, identificado como HDL, high density lipoprotein (lipoproteína de alta densidade), que colabora para a remoção do excesso de colesterol do sangue e, com isso, acaba reduzindo o risco de formar placas ateroscleróticas nas artérias, ou seja, a formação de placas de gordura.

"Além dos remédios disponíveis hoje no mercado para controlar colesterol alto, a prevenção tem de ser feita por completo, desde o controle de peso e pressão arterial até alimentação mais saudável e a realização de exercícios físicos", afirmou o médico, que enumera cuidados para evitar o descontrole das taxas do mau colesterol:

1 - Não fumar
2 - Optar por produtos desnatados
3 - Evitar ao máximo carnes gordas e produtos embutidos
4 - Praticar exercícios regularmente
5 - Observar o IMC (Índice de Massa Corporal), para ver se o índice de gordura no corpo está dentro dos padrões ideais
6 - Encarar com seriedade o tratamento da Diabetes e da Hipertensão, se necessário Fazer anualmente um check-in completo com seu médico.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Uso precoce de maconha está associado com piora no funcionamento cerebral

Os usuários regulares de maconha, que iniciam o uso da droga antes dos 15 anos apresentam pior desempenho em testes que avaliam funções cerebrais, quando comparados com aqueles que começam mais tarde, de acordo com nova pesquisa publicada na edição de junho da British Journal of Psychiatry.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo dizem que o estudo sugere que o consumo precoce de maconha pode ter efeitos prejudiciais no funcionamento cognitivo das pessoas.

Os pesquisadores avaliaram 104 usuários crônicos de maconha que foram submetidos a uma série de testes neuropsicológicos. Estes testaram as funções executiva, atenção, capacidade de formar conceitos abstratos, habilidades visuais, motoras e flexibilidade mental.

Dos 104 usuários crônicos de maconha, 49 começaram a usar a droga antes dos 15 anos de idade (usuários precoce). Os restantes 55 começaram a usar após os 15 anos de idade (usuários de início tardio). Em média, o grupo de início precoce tinha usado maconha por 10,9 anos - o que equivale a um consumo durante a vida estimado de 6.790 baseados cada um. O grupo de início tardio tinham usado maconha durante uma média de 8,7 anos - o que equivale a 5.160 baseados cada um. Outras 44 pessoas serviram como grupo de controle, pois não fizeram uso de maconha e também fizeram os testes cognitivos.

Não houve diferenças de QI ou escolaridade entre os três grupos. No entanto, o grupo de início precoce teve desempenho significativamente pior do que o grupo de início tardio e do que o grupo controle em tarefas de atenção sustentada, de controle dos impulsos e relacionadas ao funcionamento executivo. Por exemplo, em um teste de classificação de cartas, o grupo de início precoce cometeu mais erros que o grupo controle (10 vs 6,44) e completou menos categorias (2,77 vs 3,5). Não houve diferença significativa no desempenho entre o início tardio e grupos de controle.

A pesquisadora Maria Alice Fontes disse: "Nós detectamos que o início precoce de maconha está relacionado com maiores déficits no funcionamento cognitivo. Sabemos que a adolescência é um período em que o cérebro parece ser particularmente vulnerável aos efeitos neurotóxicos da maconha. Estudos de imagem cerebral mostraram que o cérebro antes dos 15 anos ainda está se desenvolvendo e amadurecendo, assim a exposição à maconha durante este período pode ser mais prejudicial e levar a menor flexibilidade mental no futuro. É possível que as pessoas que começam a usar maconha numa idade mais avançada podem ser capazes de compensar os seus déficits cognitivos, do que as pessoas que começaram a consumir maconha numa fase anterior do desenvolvimento do cérebro. "

Referência

Fontes MA, Bolla KI, Cunha PJ, Almeida PP, Jungerman F, Laranjeira RR, Bressan RA and Lacerda ALT. Cannabis use before age 15 and subsequent executive functioning. British Journal of Psychiatry 2011; 198:442-447