sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nasce um bebê por hora nos EUA com sintomas de vício, diz estudo

A cada hora, nasce um bebê, nos Estados Unidos, com sintomas de dependência de opiáceos, segundo um estudo publicado na revista científica da American Medical Association. Entre 1999 e 2009, triplicou o número de recém-nascidos com síndrome de abstinência no país, devido a um grande aumento na incidência de grávidas dependentes em substâncias legais e ilegais derivadas do ópio. Segundo os autores do estudo, baseado em dados de mais de 4.000 hospitais, grande parte do problema é a dependência em remédios para dor, entre eles oxicodona e codeína. Só em 2009, 13.5000 bebês teriam nascido no país com síndrome de abstinência neonatal. DEPENDÊNCIA Logo após o nascimento, a bebê Savannah Dannelley teve de ficar internada na unidade neonatal de um hospital em Illinois, ligada a máquinas que monitoravam sua respiração e batimentos cardíacos. Ela chorava muito, tinha diarreia e dificuldade de se alimentar, problemas típicos em bebês com abstinência. Alguns também têm problemas respiratórios, baixo peso e convulsões. Sua mãe, Aileen, de 25 anos, parou de tomar analgésicos no início na gravidez, substituindo os remédios por metadona sob supervisão médica. Agora, tanto ela como a bebê passam por um tratamento para combater a dependência. "É muito duro, todo dia, emocionalmente e fisicamente", disse Aileen Dannelley à agência Associated Press. ALTOS CUSTOS Não se sabe ao certo quais são os impactos de longo prazo para a saúde de bebês que nascem com sintomas de dependência, mas reagem bem durante as primeiras semanas de vida. Algumas pesquisas científicas, mas não todas, apontam um risco mais alto de problemas de desenvolvimento. O que fica claro, segundo o novo estudo, é que os custos médicos são muito mais altos com bebês que nascem com o problema. "Bebês com síndrome de abstinência neonatal precisam de hospitalizações iniciais mais longas, frequentemente mais complexas e mais custosas", conclui o estudo. Em média, um recém-nascido com sintomas de dependência passa 16 dias no hospital, comparado com apenas três para os demais bebês. Para Stephen Patrick, um dos autores da pesquisa, "os opiáceos estão se tornando um grande problema nos Estados Unidos". Marie Hayes, da Universidade do Maine, diz que em 85% dos casos de bebês com síndrome de dependência, as mães eram dependentes em remédios normalmente vendidos com receita médica e, em poucos casos, as mães eram dependentes de heroína ou estavam tomando remédios por necessidade, após um acidente de carro, por exemplo. Um editorial da revista que acompanha o estudo diz que enquanto "os opiáceos oferecem um controle de dor superior", eles também tem sido "receitados de forma exagerada, desviados e vendidos ilegalmente, o que cria um novo caminho para o dependente em opiáceos e um problema de saúde pública materna e infantil". Autor: OBID Fonte: Uol Ciência e sáude

Fumar maconha antes de dirigir dobra o risco de acidentes no trânsito

As 50 mil pessoas analisadas viviam em países diferentes e todas já haviam se envolvido em acidentes de carro. Um dos estudos mais amplos feitos sobre a maconha fez uma constatação curiosa. Depois de analisar mais de 50 mil motoristas usuários da droga, os cientistas chegaram a conclusão que aqueles que fumam maconha três horas antes de dirigir têm o dobro de chances de causar um acidente do que aqueles que consumiram álcool ou outras drogas. O estudo foi feito por pesquisadores da universidade Dallhouse, em Halifax, no Canadá. As 50 mil pessoas analisadas viviam em países diferentes e todas já haviam se envolvido em acidentes de carro. Para chegar a essa conclusão os cientistas realizaram exames de sangue nos voluntários. Eles tiveram medido o nível de THC, substância ativa da maconha. O resultado da pesquisa é que a droga prejudica o desempenho de funções cognitivas e motoras que são essenciais para a condução segura de um veículo. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bebidas alcoólicas e cigarro podem levar ao uso de outras substâncias

O Estado RJ Segundo a ONU, Brasil é o terceiro país da América Latina com o maior número de jovens que consomem álcool. É comum todo adolescente ter curiosidade de conhecer novidades. É exatamente esse desejo que leva os jovens a embarcarem em um universo muitas vezes perigoso. O alcoolismo e tabagismo é um deles, que em excesso pode ocasionar vícios gravíssimos. Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em comparação com os países da América Latina, o Brasil aparece em terceiro lugar no consumo de álcool entre os adolescentes. A pesquisa foi feita com estudantes do Ensino Médio e incluiu 347.771 meninos e meninas, de 14 a 17 anos, do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Uruguai, Colômbia e Paraguai. Entre os brasileiros, 48% admitiram consumir álcool. Os adolescentes passam por mudanças significativas na vida, por exemplo, a transição para vida adulta. É nessa fase que os pais têm um papel importante para ajudar os jovens a terem limites em suas atitudes e vontades. Muitas vezes o álcool e o tabaco são a porta de entrada para outros tipos de substâncias. De acordo com Ana Cristina de Melo e Souza, psicóloga e Secretária da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras drogas), o adolescente fica propenso a usar outras drogas devido a facilidade em encontrar essas substâncias. “Os pais estão menos presentes na vida de seus filhos e quando o jovem já não tem um limite dentro de casa, ele acaba perdendo a noção do certo e errado. Quando ele bebe e fuma, automaticamente, ele aumenta sua censura e daí em diante ele já não sabe seus limites e pode vir a consumir outros tipos de substâncias, como a droga”, conta a psicóloga. É exatamente esse limite que a auxiliar de administração Ana Cláudia do Nascimento tenta passar a seu filho. O estudante Renan de 15 anos, filho de Ana Cláudia, ainda não experimentou nenhum tipo de bebida alcoólica ou cigarro. “Nunca bebi nada que tenha álcool. Curiosidade eu tenho, mas além da minha mãe pegar muito no meu pé eu não sinto a necessidade de ser agora” afirma o jovem. Já a auxiliar diz que essa curiosidade é normal, mas não tem como os pais não sentirem medo da liberdade que os filhos vão adquirindo com o tempo. “Não dá para proibi-los de beber ou fumar. O que nós pais podemos fazer é conversar muito com nossos filhos e orientá-los dos perigos que a bebida e o cigarro podem trazer para a saúde", explica. Os benefícios da prática de atividades fisicas A prática regular de exercícios físicos é acompanhada por benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. A inserção em ambientes educativos como a prática de esportes também é uma das sugestões da psicóloga Ana Cristina para manter os jovens longe do álcool e tabaco. “Além de ser ótimo para a saúde dos adolescentes, o esporte faz com que o jovem mantenha uma disciplina tanto na atividade, quando na vida social. Já que quem prática atividades esportivas não pode beber ou fumar com frequência, por atrapalhar o rendimento do atleta, sendo ele profissional ou não”, salienta a psicóloga. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Vício em álcool está ligado à liberação de endorfinas no cérebro

Revista Exame Pela primeira vez, estudo feito com seres humanos comprova que vício em álcool está ligado à liberação de endorfinas no cérebro. Um estudo realizado pela Ernest Gallo Clinic e pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, esclareceu o mecanismo do vício em álcool. Pela primeira vez, ele comprovou em seres humanos que a liberação de endorfinas, substâncias que o cérebro produz responsáveis pelo prazer, é a principal causa do problema. Os estudiosos identificaram ainda as regiões do cérebro onde a endorfina é liberada. Até hoje, as experiências só haviam mostrado os efeitos da bebida em animais, sem grande detalhamento. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Science Translational Medicine, as endorfinas são liberadas nas regiões cerebrais do núcleo accumbens, ligado ao prazer, e do córtex órbito-frontal, parte do córtex pré-frontal responsável por processos cognitivos e de tomada de decisão. Os testes foram feitos em dois grupos, um com 13 alcóolatras e 12 bebedores ocasionais, que se submeteram a tomografias para verificar a atividade cerebral durante o consumo de álcool. Assim, eles perceberam que, além de dar prazer, a bebida é capaz de modificar o cérebro de quem bebe regularmente, proporcionando cada vez mais prazer e, por consequência, levando à dependência. Os estudiosos chegaram a essa conclusão ao ver que, quanto maior a quantidade de endorfina liberada no núcleo accumbens, maior era a sensação de prazer em ambos os grupos. Mas, quanto mais liberada no córtex órbito-frontal, mais o grupo alcoólatra ficava embriagado, fato que não ocorreu no grupo de bebedores com menor frequência. Essa novidade pode ajudar na criação de novos remédios para tratar o alcoolismo com mais eficácia do que a naltrexona, usada atualmente para combater o vício. Segundo os pesquisadores, o problema desse medicamento é que ele não bloqueia as substâncias prazerosas liberadas apenas pelo álcool e, por isso, muitos pacientes abandonam o tratamento por causa da sensação que o remédio causa. Ao descobrir onde a dependência começa, poderá ser mais fácil encontrar um fim para ela. Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas