segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cigarro – Conheça este inimigo

Segundo dados do Inca, mais de 27 mil novos casos de câncer de pulmão serão diagnosticados em 2008

Veículo: Boa Saúde
Seção: Notícias de Saúde

O uso do tabaco é uma das principais causas de morte evitável no mundo nos dias de hoje. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS -, 7,9 milhões de pessoas no mundo morrem todo o ano vítimas de algum tipo de câncer, o que torna a doença a maior causa de mortes mundialmente. Ainda segundo a OMS, a maioria das mortes relatadas se refere aos casos de câncer de pulmão.
No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, INCa, mais de 27 mil novos casos de câncer de pulmão serão diagnosticados em 2008. No país, a data de 29 de agosto de 2008 é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo.
O uso do tabaco é amplamente difundido
Pelo menos um terço da população mundial adulta, ou 1,1 bilhão pessoas, fuma. Embora o hábito de fumar cigarros esteja diminuindo em muitos países desenvolvidos, ele tem aumentado na maioria dos países em desenvolvimento. Estima-se que 48% dos homens e 7% das mulheres fumem nos países em desenvolvimento; em países industrializados, 42% dos homens e 24% das mulheres fumam - isto representa um aumento acentuado do hábito do tabagismo no sexo feminino. O uso do tabaco é também uma epidemia pediátrica: a maioria dos fumantes começa a usar o tabaco durante a infância e adolescência.
O cigarro mata
Um fumante, a longo prazo, tem uma chance de 50% de morrer prematuramente de uma doença causada pelo cigarro. A cada ano o tabaco causa aproximadamente 4 milhões de mortes prematuras. A epidemia irá causar a morte de 250 milhões de crianças e adolescentes que estão vivos hoje, um terço dos quais mora em países em desenvolvimento. No ano 2030 o cigarro provavelmente será a principal causa de morte em todo o mundo, com mais de 10 milhões de óbitos anuais; estará causando mais mortes que a AIDS, tuberculose, mortalidade materna, acidentes automobilísticos, suicídios, e homicídios, combinados
Os produtos do tabaco têm alta capacidade de causar dependência.
Como são projetados cuidadosamente para minar esforços dos usuários que tentam deixar o hábito de fumar, abandonar o cigarro simplesmente não é uma questão de escolha para a maioria dos usuários do tabaco. Ao contrário, envolve uma luta para superar o hábito. Muitos fatores combinam com a capacidade viciadora do tabaco para tornar difícil deixar de fumar, inclusive apresentações na mídia e aceitação cultural e da sociedade.
O uso do tabaco está consolidado na vida cotidiana, e pode ser reforçando fisiologicamente, psicologicamente, e socialmente. A indústria do tabaco, sentido-se fortemente pressionada com campanhas contra o fumo nos países desenvolvidos, tem incrementado suas ações de marketing em países mais pobres do terceiro mundo. Está também bem comprovada a influência da mídia sobre o hábito do uso do cigarro.
Deixar de fumar em qualquer ponto da vida provê benefícios imediatos e benefícios a longo prazo significativos para a saúde. Nenhuma quantidade de uso de tabaco está segura. A abstinência de produtos do tabaco e ausência de exposição à fumaça de outros fumantes é necessária para maximizar a saúde e minimizar o risco.

sábado, 25 de setembro de 2010

Crack pode provocar parada cardíaca

“O crack tem um efeito avassalador no organismo e na vida do usuário”, avalia a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Bauru

Veículo: Jornal da Cidade - Bauru


Mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, o crack é um dos estimulantes mais potentes de que se tem conhecimento. Em poucos meses de uso, o entorpecente provoca forte dependência física e pode levar à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
“O crack tem um efeito avassalador no organismo e na vida do usuário”, avalia a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Bauru, Luciana de Oliveira Martins. Ela explica que a droga demora apenas 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos, entre eles forte aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da capacidade física e mental.
Mas se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a aparecer. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário, chegarão inevitavelmente o desgaste físico e a prostração. “Por esse motivo, ocorre essa dependência quase que imediata. O usuário sempre vai querer mais e mais”, frisa Martins, destacando que o consumo elevado da droga pode levar até mesmo a uma parada cardiorrespiratória. Ela avalia que o vício em crack representa um risco ainda maior quando associado ao manuseio de instrumentos de corte, como é o caso dos lavradores nos canaviais, na medida em que altera a capacidade de percepção do usuário.
“Durante o período em que está sob o efeito do crack, o usuário fica tão eufórico que não consegue coordenar suas ações. Ele age apenas mecanicamente”, aponta. Em seis meses de uso contínuo, segundo Martins, o dependente químico já não consegue desempenhar suas atividades cotidianas e começa a apresentar quadros de tristeza e depressão profunda.

Maconha pode afetar cérebro de fetos, diz estudo

Veículo: Folha Online

O estudo da Universidade de Aberdeen, na Escócia, também afirma que alguns remédios vendidos em farmácias --como para tratamento de obesidade-- também poderiam ter efeito no cérebro do feto.
O trabalho analisa a importância de moléculas produzidas naturalmente no cérebro e como algumas células nervosas se reconhecem e se conectam umas às outras.
As moléculas do cérebro endocanabinóides teriam uma função semelhante ao tetraidrocanabinol (THC) da maconha, afetando os mesmos receptores e sinalizando os mesmos sistemas no cérebro.
Qualquer agente que afete essas moléculas pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, segundo o estudo.
"Nossas descobertas apontam que a integridade deste sistema de sinalização deveria ser mantido e não perturbado para que o cérebro se desenvolva normalmente", diz o professor Tibor Harkany, que participou da pesquisa. "Qualquer coisa que interrompa esse processo, como fumar maconha ou usar algumas drogas que afetam o sistema de sinalização, poderia alterar a funcionalidade do cérebro."
Pesquisas anteriores mostraram que filhos de mães que usaram maconha durante a gravidez tinham tendências maiores de desenvolver problemas com atividades físicas.
A pesquisa foi conduzida com ratos de laboratório e foi publicada na revista científica americana "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Álcool está presente em metade dos acidentes de trânsito

Em Campo Grande, metade dos acidentes automobilísticos envolvem o consumo excessivo de álcool

Conforme o chefe do Centro de Resgate do Corpo de Bombeiros, Major Marcelo Fraiha, a corporação socorre 47 pessoas por dia na Capital, sendo 70% vítimas de acidentes de trânsito. “Isso sem contar as pessoas que são socorridas pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).
Pior, o número de acidentes tem avançado, segundo Fraiha, de forma “assustadora”. Somente no mês passado os Bombeiros registraram 1.249 vítimas em Campo Grande, contra 930 em maio de 2007. “Nossa atividade tem se resumido a atender ocorrências de vítimas da imprudência e do consumo de bebidas alcoólicas”, afirma o chefe do Centro de Resgate.
As bebidas alcoólicas também são apontadas como porta de entrada para outras drogas. Cleonice Alves de Abreu, de 55 anos, viveu o drama de ter um filho dependente do uso de entorpecentes. Após seis anos de dependência química e 8 meses de tratamento, o rapaz que hoje tem 28 anos teve até que se mudar de Campo Grande. Ele consumia pasta base de cocaína.
A mãe, que é evangélica, começou a desconfiar da atitude do rapaz quando já parecia ser tarde demais. “Eu comecei a notar diferenças. Ele saia demais, sem horário para voltar, começou a me agredir e vendia todas as coisas de casa, até saco de arroz ele vendeu”, disse.
O rapaz furtava os objetos da própria casa para comprar drogas. Ele chegou a vender vários eletrodomésticos, entre eles um aparelho de som.
Pior, donos de bocas-de-fumo chegaram a ir até a casa de Cleonice exigindo o pagamento de dívidas e ameaçando o dependente de morte. “Eles batiam na porta da gente e diziam que se ele não fosse lá ia ser morto”, conta a mãe.
Ela diz que as mães precisam preparar os filhos quando crianças para que eles não entrem no mundo das drogas. “Elas tem que começar desde cedo a conversar e explicar o que é a droga. Eles têm que ter a consciência desde pequenos porque a mãe não consegue descobrir no começo”, diz.
Cleonice e o Major Marcelo Fraiha participaram nesta quarta-feira de audiência pública na Câmara Municipal sobre o consumo de venda de bebidas alcoólicas para adolescentes. A audiência, proposta pela presidente da comissão de assistência social, vereadora Maria Emília Sulzer (PMDB), partiu, segundo ela, de uma reivindicação da sociedade.
“Os índices de violência cresceram e precisamos de uma política pública e de programas envolvendo as famílias e jovens, para criar uma ação sustentável de vários órgãos. Hoje, cada um faz um pouquinho, mas não existe uma ação integrada”, afirma a parlamentar.