quarta-feira, 18 de julho de 2012

Socorro! Meu filho está se drogando

Um dia alguém comenta dizendo que seu filho provavelmente está se drogando. Então você vasculha as coisas dele e confirma o seu envolvimento. Assim, sente-se invadido por uma mistura de sensações, que vai desde a de desespero, de raiva, de medo, de angustia, de culpa e até de amor. Você quer aplicar uma tremenda surra. Nesse momento, é preciso muita calma e refletir antes de agir, pois a situação é grave. Como os pais são os últimos a saber, provavelmente seu filho está envolvido há mais de quatro anos. O que fazer? Não pense que logo vai lhe estender a mão e dizer: ajude-me por favor! Vai se fazer de desentendido e para mostrar que está ofendido por invadirem sua privacidade, sairá para a rua batendo a porta violentamente. Frases como “se elas fossem boas não se chamariam drogas” não surtem efeito algum. Naquele momento as drogas representam a maior fonte de prazer. . Deve-se deixar claro que as drogas são agradáveis apenas no início e que uma vez estabelecida a dependência, torna-se escravo da droga, pelo resto da sua vida se não buscar tratamento e elas passam a ser consumidas, não pelo prazer, mas para aliviar por algum tempo o desespero da sua privação, não poderá mais contar com a opção “não quero” e as conseqüências geralmente são desastrosas. Procure ajuda especializada e esteja preparado para uma longa batalha. Freqüente grupos de apoio. Busque informações seguras e aprenda tudo que estiver a seu alcance sobre a drogadicção. Lembre sempre que a insensatez e a ignorância caminham de mãos dadas. Uma vez instruído, converse com seu filho sobre as complicações físicas e sociais que advém do uso de drogas, evitando frases como ...no meu tempo...ou, quando eu tinha a sua idade... Os tempos mudaram! O mundo é outro! O filhos, hoje em dia, geralmente vêem os seus pais como pessoas ultrapassadas, cujas experiências, segundo eles já não são aplicáveis neste mundo moderno e globalizado. Não use frases apelativas como: você está acabando com a minha vida. As drogas deturpam o caráter e eles pouco se importam com o sofrimento dos pais e só se aborrecem com essas colocações. Não compare seu filho menosprezando em relação aos irmãos ou amigos, pois isso só vai despertar raiva que serve de justificativa para continuar se afundando cada vez mais na lama. Esteja com ele sempre que possível. Assistam juntos a filmes bem produzidos sobre a verdade das ruas - tráfico, prostituição, crimes e dependência – procurando dar ênfase às possíveis soluções para esses problemas. Procure evidenciar, com comentários gerais sobre o destino dos drogados, citando como exemplo pessoas famosas que recentemente foram vitimadas pelo consumo de drogas. É muito importante a participação dos pais na formação da personalidade dos filhos. Não beba ou não fume na presença deles. Não use drogas ilícitas em hipótese alguma e, caso as tenha experimentado na sua adolescência, nunca faça referencia sobre isso a seus filhos, pois se isso acontecer, eles vão se julgar no direito de experimentar também. Faça pelo menos uma refeição por dia com a família. Procure afastá-lo dos amigos que fumam muito, se embriagam, são maus alunos e não gostam de esportes. Sempre mantenha-o bem informado para que ele se torne um formador de opinião e menos influenciável pelas amizades e que sua capacidade de discernimento não fique prejudicada, quando em grupo, onde muitos se deixam levar pelo “embalo da moçada” e dançam conforme a música. É o que se chama de “embriaguez relacional”. Determine limites e compromissos com a casa e com a família, não estabelecendo regras diferentes para seus filhos. O que vale para um, vale para todos. Diga “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário. Na opinião dos profissionais que trabalham na área de recuperação de dependentes, as famílias e os próprios adictos em recuperação devem procurar espiritualizar-se, porque está comprovado a relevância da crença num Poder Superior para o sucesso da recuperação. Isso representa um poderoso abrigo contra o assédio constante por parte dos envolvidos com as drogas. Segundo o Padre Haroldo J. Rahm, não há recuperação sem espiritualidade!. O fundo do poço Apesar de todo o seu empenho, as coisas não melhoraram nada. A situação está pior. Seu filho continua se drogando. Está emagrecendo, tornou-se agressivo e arredio, Está evidente o envolvimento com drogas pesadas. A situação está completamente fora de controle. Como agir então? Se você tem um filho dependente, já deve ter passado pela sua cabeça idéias muito malucas, mas a melhor alternativa é convencê-lo a internar-se numa comunidade terapêutica ou clínica de recuperação e em síntese, os tratamento devem obedecer a um protocolo bem definido: 1 – Afastar o paciente das drogas, a qualquer custo. 2- Prevenir as recaídas.