terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Alcoolismo mata 2,5 milhões de pessoas a cada ano, diz OMS

ES Hoje
Pelo menos 2,5 milhões de mortes ocorrem anualmente, em todo o mundo, em consequência do consumo inadequado de álcool.

Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta sexta-feira (11), pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os especialistas analisaram 100 países e concluíram que o consumo nocivo de álcool afeta principalmente os jovens e causa uma série de doenças. Por ano, cerca de 320 mil pessoas de 15 a 29 anos de idade morrem devido ao consumo de álcool.

Segundo os pesquisadores, o consumo nocivo de álcool é caracterizado pelo uso excessivo a tal ponto de causar danos à saúde e outras consequências. Entre os principais fatores de risco para os consumidores de bebida alcoólica está a associação com o fumo, a má alimentação e o sedentarismo. As doenças mais frequentes causadas pelo uso de álcool as cardiovasculares, as sexuais, os vários tipos de câncer, o diabetes e os problemas pulmonares crônicos.

No ano de 1999, 34 países adotaram políticas para a redução do consumo de álcool. As ações vão desde a restrição do comércio a punições para quem dirige embriagado. Eles consideram medidas eficientes aquelas que pesam no bolso do consumidor, como a elevação de tributos cobrados sobre o álcool, assim como a redução da idade para comprar bebidas.

No entanto, o diretor-geral adjunto para Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OMS, Ala Alwan, advertiu que, apesar dos esforços de alguns países no sentido de adotar medidas de redução e prevenção ao consumo, é necessário intensificar os esforços. "Claramente é preciso muito mais a ser feito para reduzir a perda de vidas e o sofrimento associado ao uso nocivo de álcool."

Por determinação da OMS, representantes de 100 países vão se unir na elaboração de uma estratégia global para reduzir o uso nocivo do álcool. A estratégia é adotar medidas que levem à divulgação de informações sobre os problemas causados pelo consumo inadequado de bebida, assim como orientar os governos para a prevenção e redução das consequências do uso nocivo de álcool.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)