sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O álcool na adolescência

Gazeta de Alagoas O mundo vai caminhando e por influência da mídia, das revistas, os jovens vão querendo se auto afirmar. E também por serem características próprias da idade. O cigarro e o álcool, apesar de todos os seus efeitos negativos, sempre foram usados como símbolo do machismo, de conquistas. As bebidas alcoólicas produzem no jovem dois efeitos, variáveis de acordo com a quantidade ingerida e as características pessoais: estimulante e depressor. Logo após a ingestão, causa euforias, desinibição, facilidade para falar, sensação de poder. Depois com a ingestão de mais álcool, manifesta-se o segundo efeito: falta de coordenação motora, descontrole, violência, sono, podendo até chegar ao estado de coma. Daí o volumoso número de acidentes de motos e carros nos fins de semana, causando mortes em muitas famílias. Os hospitais estão cheios de fraturados e sofredores que saíram dos seus limites, transformando suas vidas em um verdadeiro inferno e a de muita gente. O alcoolismo atinge, atualmente, de 5% a 10% da população brasileira adulta. Mas os índices de consumo mais preocupantes estão ligados ao público jovem. Os jovens brasileiros estão começando a beber cada vez mais cedo: abaixo dos 14 anos. Uma pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apostou que 5 de jovens entre 14 e 17 anos bebem uma vez por semana, consumindo cinco ou mais doses por vez; 24% bebem pelo menos uma vez por mês e 13% dos adolescentes brasileiros possuem um padrão intenso de consumo antes dos 18 anos. Os bares nos fins de semana de todas as cidades brasileiras estão sempre cheios de jovens adolescentes. O jovem que começa muitas vezes com um ‘cervejinha’ com os amigos, sem se aperceber, daqui a pouco está sendo objeto de uma dependência que irá preocupar. A adolescência é a antessala do amadurecimento, é o verdadeiro prefácio do livro da vida. É a fase de irreverência e do protesto. Cabe aos pais vigiá-los, orientá-los através do diálogo para que não se percam. Assim, está na hora da família olhar esse problema. de frente. O dia a dia está banalizado e tudo gera violência. A naturalidade com que muitos pais olham seu filho bebendo sem controle e acham graça, permite que ele assim o faça tendo o aval dos pais. O Brasil de hoje está difícil de ser corrigido. Temos que ter uma geração com um sentido de vida, de ética, de sensibilidade para que possamos viver no futuro com paz e progresso. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)