sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Especialistas comentam influência dos pais para que jovens consumam álcool

Zero Hora
Para Tiba e D´Urso, muitos casos têm início por descuido dos pais.

Em palestra realizada durante o 7º CEO´s Family Workshop, no Guarujá, o médico psiquiatra Içami Tiba e o presidente da OAB-SP Luiz D´Urso fizeram um alerta aos empresários e suas famílias: os jovens estão começando a beber cada vez mais cedo e, em diversos casos, esse hábito é despertado dentro de casa.

Sob o título "Os limites e riscos do álcool na vida dos jovens", o debate abordou os principais fatores que estimulam o alcoolismo na juventude e trouxe dicas de como os pais podem agir para evitar essa situação.

Para Içami Tiba, além de o ambiente familiar servir de estímulo para que o jovem inicie o consumo de bebidas alcóolicas, esse cenário também é atribuído às necessidades tradicionais da adolescência de inserir-se em um grupo e serem notados.

— Aliado a isso, existe o que chamamos de "onipotência juvenil", onde o jovem considera que nada de ruim irá lhe acontecer — observou.

Luiz D´Urso apontou o diálogo entre a família como a mais importante ferramenta para alertar os jovens e conscientizá-los sobre os riscos do álcool. Para ele, os jovens não tem o grau de alerta e discernimento que um adulto e, por isso mesmo, a conversa entre pais e filhos deve ser sempre franca e constante.

— Ou os pais assumem a responsabilidade sob seus filhos, ou eles não poderão cobrar que a sociedade os eduque — defendeu D´Urso.

— E vale lembrar que o alcoolismo, além ser um problema de saúde, também pode gerar crimes — completou.

Novos hábitos

Segundo Içami Tiba, a cerveja é a bebida mais consumida pelos adolescentes e serve de passaporte para outros vícios, como o consumo de drogas. Ele também pontuou que um novo hábito está contribuindo para o aumento de números de jovens dependentes de álcool: o famoso "esquenta", onde grupos de adolescentes se reúnem para beber antes de chegarem a uma festa, por exemplo.

— Com isso, eles acabam ingerindo uma grande quantidade de álcool em uma mesma noite — alertou o médico.

O presidente da OAB-SP também apontou mais uma moda que está levando os jovens a beber mais. De acordo com ele, o hábito de misturar bebida alcóolica com energético é mais um agravantes.

— O energético associado à bebida faz com que a pessoa não perceba que está alterada. Consequentemente, ela bebe muito mais. Nesses casos, o jovem acaba bebendo até três vezes mais do que poderia — revelou Tiba.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Pediatras insistem: gestantes não devem beber

Álcool ingerido pelas mães durante a gravidez pode provocar danos permanentes a bebês, informa livro da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Calcula-se que o efeito tóxico do álcool ingerido pela mãe seja oito vezes maior para o feto.

A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) acaba de lançar um livro em que defende a total abstinência de álcool por gestantes. Embora a prática já seja recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e demais entidades da área, como sociedades de obstetrícia, há médicos que autorizam a ingestão esporádica de uma taça de vinho. Estudos brasileiros indicam que entre 20% e 40% das gestantes consomem bebidas alcoólicas.

"Mesmo entre os médicos, a desinformação ainda é grande", alerta Clóvis Constantino, presidente da SPSP. "Além de alertar a população e os profissionais de saúde, queremos sensibilizar o poder público para a necessidade de incluir advertências nos rótulos de bebidas."

O livro Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido reúne as principais evidências científicas sobre o tema. De acordo com a pediatra Conceição Segre, coordenadora da obra, o álcool ingerido pela gestante ultrapassa a barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico. Também atinge o feto por intermédio do sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio.

Cerca de uma hora depois de a gestante ingerir a bebida, o nível de álcool no sangue do feto se iguala ao medido na mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja oito vezes maior.

As consequências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com intensidade variável, diz Conceição. Nos casos mais graves, que caracterizam a síndrome alcoólica fetal e atingem um a cada mil bebês, ocorrem malformações na face, diminuição no perímetro cefálico - por causa das alterações no sistema nervoso - e retardo no crescimento pré e pós-natal.

Antonio Moron, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), afirma que alguns médicos adotam uma postura mais liberal para parecer mais "simpáticos" às suas pacientes. "A crença de que só uma tacinha não faz mal é muito difundida, mas é um conceito totalmente errôneo".

(Com Agência Estado)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Brasil é um dos líderes no ranking americano de consumo de álcool puro

Paraná online - Redação

A Semana Nacional contra o Alcoolismo (de 18 a 23 de fevereiro) foi criada para alertar a população sobre os riscos da bebedeira.
Alguém já se imaginou ingerido 18,5 litros de álcool puro por ano? Acha que é difícil acreditar que tamanha insensatez aconteça? Pois saiba que dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os brasileiros consomem 18,5 litros de álcool puro por ano.

No continente americano, esta quantidade só é menor que o consumo de Equador, México e Nicarágua. O levantamento diz respeito apenas às pessoas acima de 15 anos que bebem frequentemente.

Para chegar a esse número absurdo, a conta é simples: as principais cervejas brasileiras têm um teor alcoólico de até 5%. A latinha comum, vendida em bares, supermercados e "baladas" do país, tem 350 mililitros, ou seja, 17,5 mililitros de álcool puro.

Usando esses valores como exemplo, um brasileiro acostumado com a cervejinha precisaria tomar menos de três latinhas por dia para ultrapassar 18,5 litros por ano. Fácil não?

Também, conforme a OMS, o alcoolismo é considerado uma doença física, espiritual e mental. A medicina ainda não sabe porque algumas pessoas desenvolvem a dependência e outras não.

Sabe-se que herança genética, personalidade e ambiente social são responsáveis por desencadear o problema. Com efeito, a dependência química é uma doença crônica, cujo tratamento requer uma profunda mudança de atitudes por parte do dependente e sua família. É também consequência do uso descontrolado e progressivo.

Danos à memória

Está mais do que provado: o uso do álcool compromete seriamente o funcionamento do cérebro, trazendo severas alterações neurológicas. As lesões são crônicas e o estrago é tanto maior quanto mais cedo se tenha adquirido o hábito de beber.

Além dos problemas físicos e emocionais, o álcool está direta ou indiretamente ligado à maioria esmagadora das ocorrências policiais e dos registros hospitalares.

Segundo o médico psiquiatra Fernando Sielski, especialista em dependência química, o consumo de bebidas alcoólicas provoca alterações neurofisiológicas profundas nas pessoas. "Ele produz graves danos à memória, capacidade de abstração e a inteligência", afirma.

Conforme o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, o perigo do consumo abusivo de álcool por jovens ganha contornos catastróficos. Embora a venda de álcool a menores seja proibida, os levantamentos revelam que um em cada três estudantes do ensino médio, entre 15 e 18 anos, bebe diariamente. No Brasil, mais de 15% da população é dependente do álcool.

Dependência

O psicólogo Dionísio Banaszewski lembra que os jovens frequentam bares e festas cada vez mais cedo e, que, na maioria delas, o consumo de bebidas para menores é totalmente liberado.

No entender do especialista, devido à falta de maturidade a maioria dos jovens desconhece o que é beber com responsabilidade. "Por isso perdem o controle quando bebem", ressalta.

O fenômeno do aumento de alcoolismo entre jovens vem sendo acompanhado com muita preocupação. Que o alcoolismo está se tornando cada vez mais alarmante não é novidade. "No entanto, é preciso tomar conhecimento de que a situação está ficando fora de controle", enfatiza o especialista.

O vício começa lentamente. Na fase de dependência psicológica, a pessoa não se considera um viciado, acreditando que pode parar quando quiser. Como nessa fase não passa por sua cabeça abandonar a bebida, prossegue até que começa a se prejudicar.

Também, existem, resultados concretos que mostram a influência genética no alcoolismo. O álcool é uma droga, portanto, sua dependência causa sintomas de abstinência como tremor, náuseas, sudorese, cirrose, gastrite e palpitações, entre outros.

O alcoólatra também apresenta queda da capacidade física e mental. A pessoa tem necessidade de álcool, pensa muito na bebida, passa a beber escondido, as brigas com a família ficam mais frequentes e as faltas ao trabalho se multiplicam.

O início da dependência ocorre em torno dos 20 anos de idade ou no final da adolescência, podendo ser comprovada diagnosticamente somente em torno dos 30 anos.

A recuperação total depende da percepção e do acompanhamento da família. Diálogo, compreensão e amor ainda são os melhores remédios na recuperação do alcoólatra.

É importante saber que o alcoolismo não é moral. O alcoólatra não bebe por ser fraco de caráter, ele bebe porque está doente.

Uso de maconha aumenta risco de problemas de ereção

Pesquisa mostra que uso pode afetar tanto receptores cerebrais quanto os do pênis

Do R7

Uma pesquisa recente mostrou evidências de que o consumo de maconha pode afetar de forma negativa o desempenho sexual masculino. Isso porque seu uso pode causar problemas de ereção.
A pesquisa da Queen´s University, no Canadá, vai além do conhecimento já disseminado de que a maconha pode afetar certos receptores no cérebro. De acordo com o estudo de Rany Shamloul, pós-doutorando do Departamento de Farmacologia e Toxicologia, esses receptores também existem no pênis.

O consumo de maconha pode ter um efeito contrário sobre esses receptores do pênis, tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção.


- Esses resultados vão mudar o atual entendimento do impacto do uso da maconha sobre a saúde sexual.

O pesquisador alerta que nem todos os usuários de maconha conhecem os efeitos que ela traz ao organismo.

- A maconha é a droga ilícita mais usada globalmente. E ela é frequentemente usada por jovens, pessoas sexualmente ativas que não estão cientes dos efeitos danosos que podem ter sobre seu desempenho e saúde sexual.