Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) mostra que, das mulheres atendidas na clínica de ginecologia, 34% apresentam câncer de ovário.
Em segundo lugar está o câncer de colo de útero, presente em 26% das pacientes. A pesquisa foi realizada com 2.435 pessoas.
Das 824 pacientes com diagnóstico de câncer de ovário, 27% assumem o consumo regular de álcool ou tabaco, fatores que podem estar diretamente relacionados ao aumento de risco para o problema. Além disso, 23% das mulheres são jovens e têm até 45 anos, 27% têm entre 46 e 55 anos, outras 7% entre 56 e 65 anos, e 23% mais de 66 anos.
O que chama a atenção no estudo é o fato de que a proporção na incidência destes dois tipos de cânceres no Instituto é diferente da apresentada pela população em geral, onde o número de casos de tumores de colo de útero é três vezes superior ao de ovário. A explicação para isso pode estar relacionada à complexidade do tratamento.
Segundo Jesus de Paula Carvalho, coordenador da equipe de ginecologia do Icesp, o câncer de ovário é a neoplasia maligna ginecológica de maior morbidade e a que demanda recursos mais avançados para a assistência das pacientes.
“A cirurgia é muito complexa, e o preparo pré-operatório requer maior quantidade de exames bioquímicos e de imagens. Além disso, o câncer de ovário exige suporte clínico e nutricional intensos, além de tratamento quimioterápico duradouro, com uso de múltiplas drogas”, explica.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)