sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Alcoolismo é a terceira causa de mortes no mundo


Considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma verdadeira epidemia, a ingestão excessiva de álcool é a terceira causa de mortes no mundo, atrás somente do câncer e das doenças cardíacas.

Mesmo assim, no Brasil as ações do governo, das ONGs e da sociedade civil se voltam contra o tabagismo e não há campanha O Dia Nacional sem Álcool.


Embora cause danos ao organismo, o cigarro afeta o seu consumidor, que é adulto e tem o direito de decidir se quer ou não consumir o produto. De quaquer forma, o fumo não faz outras vítimas e o indivíduo não pode ter sua liberdade cerceada pelo Estado.

No livro Alcoolismo no trabalho, publicado pela Editora Fiocruz, Magda Vaissman faz um mosaico dos trabalhos publicados pelos maiores especialistas mundiais no tema. A autora enumera os problemas que a doença pode acarretar no ambiente de trabalho e analisa os métodos assistenciais empregados no seu tratamento.

No Brasil, o alcoolismo é o terceiro motivo para faltas e a causa mais freqüente de acidentes. Segundo a Associação dos Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), de 3 a 10% da população brasileira fazem uso abusivo de bebidas. A doença é a oitava causa de concessões de auxílio-doença e consome de 0,5% a 4,2% do PIB.

Em todo o mundo, o alto custo do abuso do álcool em termos de vidas humanas é incalculável. Na França, provoca a morte de 50 mil pessoas por ano, direta ou indiretamente. Isso “equivale à colisão de dois ou três grandes aviões a jato a cada semana”, segundo um relatório encomendado pelo Ministério da Saúde da França.

O álcool é um fator significativo também na violência doméstica, na agressão sexual e principalmente nos acidentes de trânsito. No Rio Grande do Sul morrem em média 20 pessoas nas rodovias nos finais de semana. Quase 30% associado a embriaguez no volante.

A imprensa britânica associa a causa da morte de Amy Winehouse às suas dependências de álcool e drogas. o ex-jogador Sócrates que estava na UTI por doenças hepáticas admitiu ser dependente químico.

A Organização Mundial da Saúde informou, em recente relatório, que 4% de todas as mortes no mundo podem ser atribuídas ao consumo de bebidas alcoólicas. A pesquisa afirma que o uso abusivo provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos.

No grupo com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária. A OMS ressaltou ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em excesso, mas dos que se relacionam com essas pessoas. "Alguém que esteja embriagado pode prejudicar outras pessoas ou colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou vitimas de comportamento violento”.

A aprovação e vigência da lei Seca foi um avanço, mas fracassou por falta de fiscalização. Não adianta elaborar a lei, se ela não não pode ser cumprida por falta de mecanismos. Estudos mostram que nas capitais brasileiras, cerca de 150 mil dirigem após ingerir bebidas alcoólicas, alguns morrem e muitos matam.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)