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Francisco Inácio destaca complexidade da droga, mas diz que esse não é um problema para o qual não existem alternativas. Em Pernambuco, o governo trabalha para coibir tráfico no sertão.
O governo não tem estatísticas, mas os sinais o avanço do crack no interior do país estão por toda parte: nos números de internação, no aumento da violência e da repressão policial. Petrolina, no sertão de Pernambuco, faz parte de uma região conhecida como polígono da maconha. Mas a droga vem perdendo espaço para o crack e forçando ações coordenadas entre autoridades dos estados do Nordeste. Em Sobral, no Ceará, o número de crimes envolvendo usuários de crack aumentou mais de 100%.
O pesquisador da Fiocruz Francisco Inácio trabalha há 25 anos com Aids entre usuários de droga e reconhece que a situação do avanço do crack é grave. Ele lembra que, há 25 anos atrás, se dizia que o Brasil não conseguiria controlar o avanço da Aids, mas conseguimos. “Esse é um problema inegavelmente complexo pelas próprias características da substância. Mas não é um problema para o qual não existem alternativas”. O pesquisador destaca que é importante as comunidades se unirem e não pensarem em alternativas isoladas.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)